segunda-feira, 21 de março de 2011

Polêmica: LED eficiente, mas tóxico...

Página 22 da FGV: LED - Eficiente, mas tóxico

Imagem: Parques sustentáveis


Marcas detentoras da tecnologia da lâmpada LED têm dado conta de apresentá-la como o futuro da iluminação, principalmente quando a preocupação maior é economizar eletricidade.
Mas o aspecto da eficiência energética pode estar sendo superado por outro talvez ainda mais nocivo.
Pesquisadores da Universidade da Califórnia comprovaram que essas lâmpadas podem conter altos índices de substâncias tóxicas, entre elas chumbo e arsênio.
Segundo o estudo, os LED vermelhos, encontrados em luzes de freio de veículos e semáforos, contêm até oito vezes mais chumbo do que o permitido pela legislação da Califórnia.
Os brancos contêm menos chumbo, mas concentram mais níquel. Em geral, quanto mais intensa a luz do LED, mais toxinas tende a apresentar.
Substâncias como chumbo e arsênio estão relacionadas a vários tipos de câncer, lesões cerebrais e hipertensão, além de outras doenças.
O cobre das lâmpadas LED, uma vez liberado, pode afetar rios e lagos e causar a morte de animais, podendo ainda atingir o organismo humano.
Até pouco tempo conhecidas como as “luzinhas” dos eletroeletrônicos, essas pequenas lâmpadas têm ganhado cada vez mais espaço no mercado e sinalizam como a geração que substituirá a iluminação fluorescente.
"Na tentativa de fabricar produtos que consumam menos energia, não podemos deixar de atentar para os riscos de toxicidade daqueles que são comercializados como substitutos", disse Oladele Ogunseitan, líder do estudo.
Segundo ele, os fabricantes de LED têm todas as condições para redefinir seus projetos e diminuir o uso dessas toxinas. (ER)





Autoria e fonte: http://pagina22.com.br/wp-content/uploads/2011/03/P22_Edicao_50.pdf

CAMPANHA "S.O.S. JAPÃO"

CONEXÃO LIBERDADE: "SOS JAPÃO"



Autoria: Guto Lobato

Fonte: Folha de São Paulo - Caderno São Paulo 20 a 26 de março de 2011, página 30

http://edicaodigital.folha.com.br/home.aspx








Como ajudar


•• As entidades que representam a comunidade nipônica pedem que as doações sejam feitas, preferencialmente, em dinheiro. Isso se deve aos custos do envio de materiais ao Japão e à situação precária de alguns aeroportos e estradas do país

> Os recursos serão arrecadados até 30 de abril. Em seguida, serão entregues a órgãos do governo. Não se sabe quem receberá as doações, mas a Cruz Vermelha é opção quase certa, segundo integrantes da Beneficência Nipo-Brasileira

> O único local que aceita doações de cobertores, medicamentos, roupas e alimentos não perecíveis é a Associação Miyagui Kenjinkai do Brasil. Os itens podem ser entregues na sede (endereço no fim da reportagem), das 9h às 12h e das 13h às 17h


CONTAS BANCÁRIAS PARA DOAÇÃO


1) Associação Miyagui Kenjinkai CNPJ: 47.174.727/0001-59

Bradesco

Agência: 0131-7

Conta-corrente: 120459-9



2) Beneficência Nipo-Brasileira

CNPJ: 60.992.427/0001-45

> Bradesco

Agência: 0131-7

Conta-corrente: 131000-3


3) Federação das Associações de Províncias do Japão no Brasil

CNPJ: 46.568.895/0001-66

Banco do Brasil

Agência: 1196-7

Conta-corrente: 29921-9



4) Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa e Assistência Social

CNPJ: 61.511.127/0001-60 

a) Bradesco

Agência: 0131-7

Conta-corrente: 112959-7

 b) Santander

Agência: 4551

Conta-corrente: 13090004-4














Surpresa: 70% dos ciclistas de SP usam bicicleta para trabalhar e só 4% para o lazer

70% dos ciclistas de SP usam bicicleta para trabalhar e só 4% para o lazer






Pelo menos 214 mil moradores utilizam esse meio de transporte diariamente; capital pode ser dividida em 4 polos, com usos diferenciados

20 de março de 2011
0h 00
Autoria: Renato Machado,Rodrigo Brancatelli e Vitor Hugo Brandalise - O Estado de S.Paulo

Fonte: http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20110320/not_imp694438,0.php







Paulo Pinto/AE
Jd. Helena. Bicicletário só esvazia no fim da tarde



Para o senso comum, bicicleta é mais um hobby do que um meio de transporte, um exercício nos fins de semana, perfeita para um passeio pelo Parque do Ibirapuera. Segundo pesquisa do Metrô, no entanto, mais de 70% das viagens feitas diariamente de bicicleta na capital são para trabalhar - pelo menos 214 mil moradores usam esse meio para chegar ao trabalho todos os dias.





Paulo Pinto/AEJd. Helena. Bicicletário só esvazia no fim da tarde

Se forem levadas em conta outras atividades do dia a dia, como ir para a escola, fazer compras ou ir ao dentista, o índice sobe para 96%. Recreação mesmo, como pedalar pelos parques, responde por apenas 4% das viagens. "Há um consenso de que a bicicleta é usada para lazer. Mas o uso está mais ligado à periferia e à população de baixa renda", diz o professor de Transportes da USP Jaime Waisman. "E agora há jovens de classe média que usam por ideologia."



A pesquisa O Uso de Bicicletas na Região Metropolitana de SP, de agosto do ano passado, aponta ainda que a capital tem quatro polos de bikes. Ao analisar os distritos com mais de 2 mil viagens por dia, observa-se que 70% delas estão reunidas em Grajaú (e Socorro), Vila Maria (Vila Medeiros, Tremembé e Jaçanã), Jardim Helena (Itaim Paulista, São Rafael, Itaquera e São Miguel Paulista) e Ipiranga (Cursino e Sacomã).



Primeiro lugar. O campeão de uso de bicicletas é o Grajaú, no extremo sul, onde são realizadas 9,4 mil viagens diárias. Essa é a única localidade em que o motivo principal não é trabalho, mas assuntos pessoais - como ir ao banco ou ao dentista.



"É um local populoso e de baixa renda, por isso se usa muito a bicicleta para coisas cotidianas. E a topografia ajuda. Mas também fica longe e as viagens para trabalho precisam ser em outros meios", diz a analista de Transportes do Metrô e responsável pela pesquisa, Branca Mandetta.



Quadro parecido ocorre na zona leste da capital. Muitos ciclistas ali, no entanto, fazem uso conjugado da bicicleta com outro meio de transporte. Prova disso é que os bicicletários de estações da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), como Itaim Paulista e Jardim Helena, ficam abarrotados durante quase todo o dia, esvaziando apenas no fim da tarde, quando estudantes e trabalhadores descem dos trens e seguem pedalando para casa.



"Se houvesse mais incentivo acho que as pessoas começariam a perceber que a bicicleta pode virar um meio de transporte", diz o técnico gráfico Baltazar Barbosa Carneiro. Todo dia, ele pega emprestada uma bicicleta no bicicletário do Metrô na Estação Itaquera e pedala por 40 minutos até o trabalho, perto de outra estação, na Vila Carrão. "Nesses últimos dias parei de vir assim porque o bicicletário fechou. A diferença é enorme. Agora, demoro 2h30." O Metrô diz que o bicicletário vai reabrir, no interior do terminal.



A utilização na zona norte está relacionada com a grande quantidade de empresas existentes - principalmente a indústria pesada - na região da Vila Maria. E aqui se evidencia o primeiro incentivo para o uso das bicicletas. "Foram as indústrias as primeiras a reservar um espaço para operários guardarem as bicicletas", diz Branca Mandetta.



O diretor de filmes Alexandre Cruz, de 38 anos, é um dos que adotaram a bicicleta por opção, após ter moto e carro. Em 2005, voltou para São Paulo depois de uma temporada no Rio e sentiu a diferença. "O trânsito estava muito pior, por isso troquei o carro pela moto. Mas faz dois anos e meio que não tenho nenhum dos dois e só pedalo."



Por causa da filha pequena, sua mulher mantém um carro. Mas no dia a dia ele usa a bicicleta para ir de sua casa no Ipiranga, na zona sul, para o escritório em Pinheiros, na zona oeste, trajeto feito em 30 minutos. "Vou em ritmo forte, então preciso de um vestiário para me arrumar. Há lugares que não têm isso." Em dezembro, ele sofreu um acidente na Rodovia dos Imigrantes. Um motorista o atropelou no acostamento, mas nem isso o desanimou. Pelo contrário, Cruz influenciou outras pessoas: "Meu sócio, meu porteiro e até meu pai começaram a pedalar."



CICLOVIAS


 
Autoria e fonte: encarte da Folha de São Paulo 20/03/2011- caderno São Paulo - circuitosp

 






Sustentabilidade jurídica: OAB quer equilíbrio entre produção e meio ambiente no novo Código Florestal

OAB quer equilíbrio entre produção e meio ambiente no novo Código Florestal


19/mar/2011




Um equilíbrio nas discussões do Congresso Nacional em torno da elaboração do novo Código Florestal, que leve em conta uma tomada de posição que permita o desenvolvimento econômico sem provocar a destruição da natureza, foi defendido pelo presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil, Ophir Cavalcante. Ele participou na Seccional da OAB de São Paulo da abertura do Seminário "Código Florestal e Perspectivas para a Proteção ao Meio Ambiente", promovido pela Comissão Nacional de Direito Ambiental da OAB e Comissão de Sustentabilidade e Meio Ambiente da OAB-SP.

"O Código Florestal precisa incorporar uma tomada de consciência que coloque o futuro do País - e por que não dizer da Humanidade - dependente da proteção ecológica", salientou Ophir durante o seminário, ao recomendar uma discussão desapaixonada, sem ódios nem rancores, em torno do futuro Código. Ele defendeu necessidade de um ordenamento jurídico, nesse campo, "que reflita as preocupações básicas de não inviabilizar a produção de alimentos e, ao mesmo tempo, não transformar a terra em deserto".



A seguir, principais tópicos do discurso do presidente nacional da OAB durante o seminário sobre o Código Florestal:



"Enquanto o mundo inteiro está chocado com a catástrofe natural no Japão, com o futuro da energia nuclear, com o aquecimento do planeta e com a elevação do nível do mar, o Brasil se debruça sobre um novo Código Florestal, destinado a substituir uma legislação esparsa de 46 anos de idade e que não evitou a perda de importantes sítios ecológicos, como a Mata Atlântica e parte da floresta amazônica.



O debate tem sido travado de forma apaixonada, colocando, de um lado, os proprietários de terras, e, de outro, os ambientalistas insatisfeitos com o projeto relatado na Câmara dos Deputados pelo deputado Aldo Rebelo (PCdoB). Os ruralistas acham que o projeto, com algumas correções pontuais, ajuda a salvar o agronegócio, e consolidar a posição do Brasil como uma dos maiores produtores de alimentos do mundo. Mas os ambientalistas reagem com outros argumentos, sendo o principal deles o de que o desmatamento vai avançar.



A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), por exemplo, aderiu a essa tese, inclusive em nota oficial, ao escolher o lema "Fraternidade e Vida para o Planeta" para a Campanha da Fraternidade deste ano.



Nem ao céu nem ao inferno. Ao longo das décadas, o Código não impediu o desmatamento, mas sem ele teria sido muito pior. Talvez nem florestas tivéssemos mais. As discussões em torno da atualização do Código Florestal devem obrigatoriamente incorporar a ideia de sustentabilidade ambiental para o desenvolvimento sócio-econômico.



A consciência ambiental deve levar também em conta as necessidades internas (e externas) de alimentos.



Por seu lado, os produtores rurais e as empresas precisam ter em mente que o avanço predatório equivale a um suicídio em massa. Os recursos naturais não são renováveis, se esgotam, mas sendo administrados com a devida parcimônia, cuidado e zelo podem ajudar a Humanidade por muito tempo ainda.



É preciso que haja um equilíbrio nas discussões e uma tomada de posição com vistas a permitir o desenvolvimento sem provocar destruição em massa.



Os efeitos da ação predatória da Humanidade sobre a natureza deixou de ser uma especulação, os avanços tecnológicos nos permitem auferir isso de forma bem clara.



Em apenas 5 anos, por exemplo, o mundo perdeu 36 milhões de hectares de florestas. Mais de 16 mil espécies de animais entraram na lista de risco de extinção.



Em nosso quintal, temos um triste legado para as futuras gerações: as florestas brasileiras e todas as suas riquezas naturais estão a perigo. Da Mata Atlântica, por exemplo, que alcança esta região do Brasil, só resta 8% de sua área original. Entre os primatas brasileiros estão relacionadas cerca de 25 espécies ameaçadas de extinção e alguns deles são típicos da Floresta Atlântica.



A Amazônia, em que pese se encontrar em sua maior parte conservada, requer muito cuidado. Segundo o Inpe, a Amazônia sofreu uma perda de mais de 520 mil quilômetros quadrados de florestas de 1978 a 1998.



Pesquisas realizadas pelo próprio governo apontaram que o desmatamento anual da Amazônia cresceu 34% de 1992 a 1994. A taxa anual, que era de pouco mais de 11.000 km2 em 1991, já ultrapassou 14.800 km2.



Os grandes causadores da degradação progressiva são a atividade agrícola de forma não-sustentável e a extração madeireira, que tende a aumentar na medida em que os estoques da Ásia se esgotam.



De acordo com a Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, 80% da produção madeireira da Amazônia provém da exploração ilegal.



Oficialmente, hoje existem 22 madeireiras estrangeiras operando na Amazônia. A falta de controle por parte das autoridades e órgãos competentes, o que abre caminho para atividades altamente destrutivas para a floresta, é demonstrada, por exemplo, com o número de desperdício da madeira extraída (leia-se árvores derrubadas que não têm uso nenhum): ele gira em torno de 60 e 70%.



Por sua vez, um cenário de calamidade ambiental que vem se instalando na região do Cerrado brasileiro desde a década de 1970. Entre 2002 e 2008, o desmatamento do errado foi o dobro do ocorrido na Floresta Amazônica, representando a supressão vegetal de 127,5 mil quilômetros quadrados em seis anos, ou 21 mil quilômetros quadrados por ano.



A degradação desse importante bioma ocupado por dez Estados mais o Distrito Federal já é responsável pelo mesmo nível de emissões de gás carbônico da Amazônia. Mais ainda: 12 mil espécies teriam simplesmente desaparecido do Cerrado, enquanto a desertificação e o avanço de culturas agressivas como a da cana de açúcar, só aumentaram.



É preciso ter consciência crítica acerca das principais conseqüências do desmatamento, que resumidamente são: destruição da biodiversidade; genocídio e etnocídio das nações indígenas; erosão e empobrecimento dos solos; enchente e assoreamento dos rios; diminuição dos índices pluviométricos; elevação das temperaturas; desertificação; e proliferação de pragas e doenças.



São dados para reflexão, não para disseminar ódios e rancores. O Código Florestal precisa incorporar uma tomada de consciência que coloque o futuro do País (e por que não da Humanidade) dependente da proteção ecológica.



Necessitamos de um ordenamento jurídico nesse campo que reflita essas preocupações básicas, sem inviabilizar a produção de alimentos e, ao mesmo tempo, sem transformar a terra em deserto".



Fonte: OAB - Conselho Federal



CUIDADO COM A FALSA SUSTENTABILIDADE

Entendendo a falsa sustentabilidade





Existe uma verdadeira “corrida maluca pelo verde”, tornando cada vez mais difícil para o consumidor e, muitas vezes, para a própria imprensa e formadores de opinião, identificar o que é um produto genuinamente sustentável e outro encoberto por uma “maquiagem verde”, crescendo o ceticismo da população com relação ao que os fabricantes dizem de seus produtos, como o varejo os comercializa e como a imprensa os divulga.



Várias empresas já perceberam que serem identificadas como “verde”, “ecológico” ou “sustentável” pode agregar valor para sua marca. Tal constatação tem estimulado as áreas de marketing e publicidade, não preparadas, a desenvolverem uma verdadeira “corrida maluca” para que suas marcas sejam percebidas pela população como agindo na direção da melhoria das condições ambientais.



Assim, o mercado começa a ser inundado de propagandas de produtos agressivos à saúde e ao meio ambiente, mas “maquiados” para se passarem por “verdes” ou “ecologicamente corretos”.



Tem crescido de forma significativa o percentual de propagandas de produtos ditos verde desde 2007. De acordo com pesquisa da TerraChoice, em 2006 esse percentual estava ao redor de 2% e em 2008 já ultrapassavam 10% na América do Norte. (Fonte: The seven sins of greenwashing, TerraChoice, 2009).



Outra pesquisa, realizada em 2009, pela TerraChoice Environmental Marketing, em 2,219 produtos nos Estados Unidos e Canadá, identificou 4,996 problemas na comunicação correta de seus atributos ambientais, significando dizer que 98% dos produtos apresentaram problemas.



A publicidade enganosa (“Maquiagem Verde” ou Greenwash”) tem provocado uma distorção na capacidade decisória do consumidor, que se estivesse melhor informado, não adquiriria o que foi anunciado.



Uma publicidade pode até ser totalmente correta e mesmo assim ser enganosa, como por exemplo, quando omite algum dado essencial. O que fora anunciado é verdadeiro, mas por faltar o dado essencial, torna-se enganosa por omissão. Normalmente, é essa a intenção da “Maquiagem Verde” ou Greenwash”.



O termo “greenwash” (“lavagem verde”) surgiu de uma mistura de “Green” e “whitewash”, sendo que este último é uma espécie de tinta branca barata (o antigo cal) aplicada na fachada de casas. A expressão se refere, normalmente, à propaganda enganosa corporativa que tenta mascarar um desempenho ambiental fraco.



Erros mais frequentes que levam à “maquiagem verde”:



I - Sugerir que o produto seja verde por ter um atributo complementar positivo, mas não tendo todos os essenciais (Ex. Detergente que tem a embalagem reciclada, mas agride a saúde).



II - Sugerir que o produto atende a determinados atributos que não têm comprovação de fácil acesso ou confirmado por terceira parte (Ex.Tintas ditas “sem cheiro”, mas que ao abrir a lata têm cheiro e não possuem comprovação de cumprimento de limites de toxidade – COV - por laboratório credenciado.



III - Sugerir que o produto seja verde por meio de informação imprecisa (Ex. Garrafa divulgada como tendo a embalagem “100% reciclada”, mas a tampa é produzida com material virgem).



IV - Informar ao consumidor atributo irrelevante ou suplementar como se contribuíssem para torná-lo verde (Ex. Divulgar como diferencial isenção de compostos já proibidos; induzir que a compensação de carbono torna o produto verde).



V - Gerar diferenciais do tipo “dos males o menor“ (Ex. Briquetes vendidos como ecológicos, de sobras industriais de madeiras de origem não confirmada como legal; Detergente dito biodegradável, mas sem salubridade).



VI - Confundir o consumidor com informações falsas ou inconsistentes (Ex.Produto que consome menos X % de energia, sem definir qual a referência; Produto vinculado ao atributo de “reciclável” com a presença de componentes acidentais na composição do produto limita ou inviabiliza a sua reciclagem).



VII - Confundir o consumidor com Selos próprios ou de terceiros sem consistência.







1. Sustentabilidade é muitas vezes confundida com primitivismo, mas não é. Para isso, é importante conhecer as definições e diferenciações de produtos ecológico x orgânico x verde x sustentável:



•Produto Ecológico é produzido com a preocupação, quase que única, de preservar o meio ambiente o mais intacto e, se for possível, reconstituído.

•Produto Orgânico é todo produto, animal ou vegetal, obtido sem a utilização de produtos químicos ou de hormônios sintéticos que favoreçam o seu crescimento de forma não natural.

•O Produto Verde é aquele que se preocupa em menores impactos ambientais (p.ex. eficiência energética, origem dos materiais etc...) e também com a saúde humana.

•O Produto Sustentável é aquele que também incorpora os aspectos de responsabilidade social além do ambiental e de saúde das pessoas.

2. Prefira produtos com certificados e/ou atestados que garantam a sustentabilidade. Exemplos: FSC (Forest Stewardship Council) para madeira, Selo Procel de Eficiência Energética, no caso de eletrodomésticos. O Selo SustentaX atesta a sustentabilidade de materiais para a construção, reformas e operação de edificações como adesivos e selantes, pisos elevados e vinílicos, metais sanitários, tecidos e tintas.



3. Ao comprar lâmpadas, verifique se possuem o Selo Procel e os teores de mercúrio contidos na composição do produto e opte por aqueles produtos que além de apresentar o menor teor deste metal têm instruções sobre o que fazer em caso de acidente e seus fabricantes e distribuidores se responsabilizam por recolher lâmpadas queimadas.



4. No caso de tintas, a fim de garantir ambientes mais saudáveis para sua família, verifique se o nível de toxidade (índice de compostos orgânicos voláteis - COV) está abaixo de parâmetros reconhecidos internacionalmente (por exemplo critério LEED). Tintas comercializadas como “sem cheiro” ou a base d´agua podem conter níveis tóxicos acima do recomendável. (veja tabela com os limites de COV máximos recomendáveis).



5. Para economizar água e dinheiro, dê preferência por válvulas de descarga com duplo fluxo (3 e 6 litros) e também a torneiras com sensores e temporizadores.



6. Compensar o carbono durante a produção não torna, obrigatoriamente, o produto sustentável. O importante é reduzir o impacto causado pela extração de matérias primas, pelo processo produtivo e pela distribuição e descarte, não a compensação por plantio de árvores, por exemplo.



7. Sempre que encontrar informações com números e porcentagens, busque uma base para o comparativo. Por exemplo, se na embalagem ou no anúncio, estiver que tal equipamento economiza X% em energia, mas não houver a referência a qual tipo, é melhor analisar outro modelo ou pedir mais explicações.



8. Esteja atento para não levar “a parte pelo todo”. O produto não é verde apenas porque sua embalagem é reciclável ou 100% reciclada, se seu conteúdo é prejudicial à saúde, por exemplo.



Em resumo, um produto para ser sustentável precisa ter todos os atributos essenciais da sustentabilidade, isto é: ser salubre, ter qualidade e ter sido produzido e distribuído com responsabilidade socioambiental.




Selo SustentaX



O propósito do Selo SustentaX é ajudar os consumidores na identificação de produtos, materiais, equipamentos e serviços sustentáveis.


http://www.selosustentax.com.br/selos.php