quarta-feira, 30 de março de 2011

Quantas bananas eu preciso comer para sofrer mutações com a radiação?

Gráfico sobre radiação

Autoria: GizModo


Publicado em 30 de Março de 2011


Nós andamos falando bastante sobre radiação ultimamente – e com bons motivos – mas pode ser difícil entender o que todos esses números significam. A radiação está sempre presente no nosso dia a dia. Quanto de radiação é seguro? Quanto é perigoso? Quantas bananas eu preciso comer para sofrer mutações? Este gráfico nos mostra tudo isso com uma paleta de cores.



O gráfico abaixo está em escala logarítmica, e usa como uma das fontes o infográfico do XKCD, mas acho este gráfico um pouco mais fácil de entender. O gráfico também coloca os níveis mais altos de radiação em comparação com Fukushima: chegando a até 400 mSv, isto corresponde a oito vezes mais que o limite estabelecido para quem trabalha com radiação nos EUA.



Ainda assim, este é um nível de radiação do qual é possível se recuperar: na verdade, só a partir de 4.000 mSv as chances de sobrevivência começam a cair. E, pelo que vemos no final do gráfico, a morte por radiação praticamente nunca é imediata: mesmo exposto ao dobro da radiação no núcleo de Chernobyl, uma pessoa levaria horas para morrer – a morte, no entanto, seria certa.









Estudo afirma que floresta amazônica vale mais em pé do que derrubada...qualquer floresta!

Estudo afirma que floresta amazônica vale mais em pé do que derrubada

Postado em 30/03/2011 ás 10h49



 

O valor da floresta amazônica em pé é muito maior do que a madeira, carne bovina e outros produtos que são obtidos com sua destruição. Essa é a ideia central do trabalho intitulado “Environmental Services As Strategy for Sustainable Development in Rural Amazonia” (Serviços Ambientais como Estratégia para o Desenvolvimento Sustentável na Amazônia Rural), um dos finalistas da 10ª edição do Prêmio Péter Murányi 2011 - Desenvolvimento Científico e Tecnológico. O autor dele é o pesquisador Philip Fearnside, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) e coordenador do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia dos Serviços Ambientais da Amazônia (INCT-Servamb).



De acordo com Fearnside, o valor da mata em pé tem o potencial de formar uma base econômica para sustentar a população no interior da região muito melhor do que a economia atual. Para fazer essa afirmação, Fearnside se baseia nos serviços ambientais que a floresta amazônica fornece aos seres humanos. “São os benefícios que a sociedade recebe dela a partir das suas funções ecológicas, tais como a manutenção da biodiversidade, o ciclo hidrológico e o armazenamento de carbono, que evita o aquecimento global. O problema é que ninguém paga por estes serviços hoje, mas isto pode mudar.”



Para usá-los como estratégia para o desenvolvimento sustentável na Amazônia, no entanto, seria necessário, segundo o pesquisador, primeiro quantificá-los melhor. “Isto tem sido o foco de muitas das minhas pesquisas, especialmente sobre como evitar o aquecimento global. Depois, para poder tomar medidas contra a destruição e quantificar os seus benefícios, precisamos entender o funcionamento do processo de desmatamento, incluindo o efeito de decisões políticas, tais como a construção de estradas e a criação de áreas protegidas. Temos feitos vários avanços nesse sentido.”



Outra área essencial é a negociação de mecanismos institucionais para recompensar os serviços ambientais, inclusive em nível internacional. Ou seja, é preciso criar formas de transformar o valor da floresta em pé no alicerce de uma economia baseada em manter ao invés de destruir este ecossistema.



O serviço ambiental que está mais próximo de poder ser transformado em dinheiro é a capacidade da floresta de estocar carbono, para evitar o efeito estufa. “Os serviços ligados à água e à biodiversidade estão menos próximos de gerar fluxos monetários substanciais, apesar de ter igual importância”, diz Fearnside. “A parte mais carente na discussão em curso é a proposta social, ou seja, como seria usado o dinheiro para sustentar a população e também garantir a manutenção da floresta e os seus serviços”, finaliza o pesquisador.



Seu trabalho está disponível no site http://philip.inpa.gov.br.



Essa é nova: Carro elétrico não faz sentido no Brasil?

“Carro elétrico não faz sentido no Brasil”, diz Richard Branson. Não concordo.



Autoria e fonte: http://eco4planet.uol.com.br/blog/2011/03/carro-eletrico-nao-faz-sentido-no-brasil-diz-richard-branson-nao-concordo/


Richard Branson tem certeza que o desenvolvimento de combustíveis limpos é um grande negócio. Levando em conta o bom faro que o britânico, fundador e presidente do Grupo Virgin, tem para os negócios, é um indício de que cada vez mais gente deve seguir esse caminho.



Durante a coletiva de imprensa que concedeu nesta sexta-feira, pouco antes de sua apresentação no Fórum de Sustentabilidade, em Manaus (AM), Branson destacou que muitas das aeronaves de sua companhia aérea já utilizam combustíveis mais verdes e que, em breve, 100% dos equipamentos serão abastecidos dessa forma.





Carro elétrico no Brasil

Ainda sob o tema dos combustíveis, Branson afirmou que não faz muito sentido o Brasil investir em carros elétricos:



Em outros países, o elétrico pode ser a resposta, mas, no Brasil, 70% da frota é movida a etanol. Vocês podem trabalhar para elevar isso a 100%. Carro elétrico não faz sentido no Brasil.







Não concordo

O Brasil tem vendido carros flex há muitos anos e desde 2006 essa é a escolha preferida da maioria dos brasileiros segundo a ANFAVEA (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores).



Só no último ano, cerca de 81% dos carros vendidos no país aceitam gasolina e etanol, e isso é realmente positivo já que o etanol polui menos (25% menos CO2 e 35% menos NO) e tem fonte renovável.



Mas ter a opção do etanol não significa abastecer com etanol. Todos os anos, em especial nos períodos de entressafra da cana-de-açúcar, o preço dispara e todos voltam a abastecer com gasolina.



Além disso a mesma cana pode ser usada para a produção de açúcar e, como está acontecendo neste momento e não é a primeira ou última vez, o preço do açúcar está bastante elevado no mercado externo, por isso a produção de etanol se reduz fortemente e o preço sobe mesmo com o início da safra.



Portanto, não podemos contar com o etanol como salvação para que os carros se movimentem de forma mais verde.







Não concordo 2

Pois bem, digamos que todos os carros brasileiros sejam abastecidos com etanol como sugeriu Branson. Isso é melhor que 100% de carros elétricos? Não.



Isso porque, como já dissemos há algum tempo aqui no eco4planet, carros elétricos são sempre menos poluentes: mesmo se a toda a energia provier de usinas termoelétricas de carvão (a fonte mais poluente de geração de energia) ainda assim serão 58% menos CO2 indo para a atmosfera se comparado aos veículos movidos à gasolina. E mesmo com o etanol emitindo cerca de 25% menos CO2 que a gasolina, a energia elétrica ainda está ganhando com larga vantagem.



Se isso já demonstra a vantagem da energia elétrica sobre gasolina e etanol com a forma mais poluente de gerar eletricidade, considere agora que a matriz energética brasileira é baseada em mais de 73% nas hidroelétricas, fora outros 6,5% entre biomassa, eólica e solar.



Carro elétrico FTW!