segunda-feira, 25 de abril de 2011

Vamos investir R$ 1 para preservar um metro de rio!

R$ 1 por metro de rio preservado



AE

23 de abril de 2011 2h 38

Fonte: http://www.estadao.com.br/noticias/geral,r-1-por-metro-de-rio-preservado,709804,0.htm
Autoria: Vicente Andreu

A redução das áreas de preservação permanente (APPs) nas margens de rios, nascentes e lagos tem estado no centro do debate sobre mudanças no Código Florestal. Embora possa parecer, à primeira vista, que é possível diminuir a faixa mínima de proteção, atualmente de 30 metros, em função do tamanho da propriedade rural ou da largura do rio, é preciso ter muito claro que não existe rio que nasça grande. Mesmo o Amazonas, o maior do mundo, é resultado da contribuição de milhares de rios tributários e estes, sucessivamente, são formados pelas águas de outros rios menores.



Todos os rios, assim como os seres vivos, nascem pequenos e, exatamente por essa condição de fragilidade, precisam ser protegidos. Não é racional justificar a redução da APP hídrica como sendo necessária para liberar áreas para a produção, em grandes ou pequenas propriedades, sob o risco de transformar também as áreas rurais em poluidoras, equiparadas aos centros urbanos, cujas consequências estão aí, concretas e trágicas, demandando imensos recursos financeiros apenas para tentar aproximar esses corpos d’água de suas condições naturais.



Felizmente, há instrumentos que podem compatibilizar a proteção hidroambiental com o desejável aproveitamento produtivo. Penso que pagamentos pelos serviços ambientais são os que apresentam maior potencial de resultados. O gargalo para programas dessa natureza está na constituição de fundos regulares que ofereçam a esses proprietários rurais garantias de renda ao longo do tempo.



Podemos tomar como exemplo um dos critérios do Programa Produtor de Água, da Agência Nacional de Águas, que paga ao agricultor cerca de R$ 150 por hectare/ano para manter preservada a sua APP hídrica. Esse valor é definido como o custo de oportunidade caso a área estivesse desmatada e sendo utilizada como pastagem. Um hectare (10 mil metros quadrados) de APP hídrica equivale a 167 metros de margens de rio protegidas plenamente, com 30 metros de cada lado. Assim, em números redondos, para cada real/ano aplicado, protegeríamos um metro de margem de rio. Um programa com recursos de R$ 100 milhões/ano (o que para esses casos não é um valor elevado) permitiria proteger permanentemente 100 mil quilômetros de margens de rios! Se considerarmos ainda que cada hectare pode ser recuperado com mil árvores, poderíamos ter o beneficio adicional, sem nenhum custo, do plantio de cerca de 650 milhões de árvores.



Tenho defendido a tese de que um fundo com essa natureza e esse valor seja constituído com a destinação de parte dos recursos decorrentes das relicitações/prorrogações das concessões das hidrelétricas amortizadas, que começam a vencer em 2015. Os benefícios para a vida útil das hidrelétricas (qualidade da água, redução do assoreamento) são inquestionáveis, portanto, parece razoável que essa fonte de recursos possa ser utilizada. Embora não haja ainda previsão oficial do montante dessa "apropriação social", a imprensa tem divulgado artigos de especialistas que estimam que a amortização pode chegar a cerca de R$ 6 bilhões por ano. Acredito haver espaço político para alocar recursos da amortização dessas usinas com ganhos sociais e ambientais, além da modicidade tarifária. Esse tipo de solução poderia ser discutida no âmbito do Projeto de Lei 5.487/2009, sobre pagamento por serviços ambientais, de autoria do Poder Executivo, que tramita no Congresso Nacional.



É muito importante criarmos soluções sem retroceder na proteção ambiental. APPs menores do que as atuais podem piorar a qualidade das águas e provocarão, inevitavelmente, a elevação do custo do tratamento tanto para o abastecimento público quanto para o lançamento de efluentes. Quase a metade dos municípios brasileiros (47%) capta água exclusivamente de mananciais superficiais, de acordo com o Atlas Brasil - Abastecimento Urbano de Água, e o grande problema dos mananciais é a deterioração da qualidade de suas águas.



Recentemente, o renomado hidrólogo Carlos Tucci relatou-me um estudo de sua autoria que buscava identificar as razões do brusco aumento de vazão na Bacia do Rio Paraná, da ordem de 34% em relação à série histórica, verificando se tal alteração era permanente ou fruto apenas das variações hidrológicas naturais. Constatou-se que cerca de 30% dessa variação era permanente e causada pela acelerada substituição da cultura do café por soja em vastas áreas do Estado do Paraná. Ou seja, foi bom para o setor elétrico, mas representa um risco para os demais usuários, uma vez que também demonstra que a terra mais desprotegida aumenta a velocidade das enchentes até em grandes rios.



As pesquisas cientificas disponíveis, ainda que poucas, apontam para a necessidade de proteção mínima de 30 metros, para reduzir o assoreamento nos rios e reservatórios causado pela maior velocidade das águas das chuvas sobre o solo, para aumentar a sua infiltração, reduzir ao mínimo o impacto de fertilizantes e agrotóxicos e melhorar a quantidade e a qualidade das águas. Arbitrar faixas de 15 metros, ou menores ainda, de 7,5 metros, não tem nenhuma sustentação cientifica, é um chute. A Agência Nacional de Águas produziu nota técnica, disponível no site www.ana.gov.br, na qual detalha as razões para manter em 30 metros a faixa de proteção nas margens dos rios.



Todos reconhecemos como legítima a demanda pela atualização de um Código Florestal que tem quase 50 anos, valorizando a nossa agricultura, implementando novas soluções de estímulo e financiamento, de aplicação de tecnologias sociais ou produtivas, de regularização fundiária, de arranjos sobre o uso do território, até mesmo recuperando extensas áreas degradadas e tornando-as disponíveis para a produção. Mas não é preciso retroceder. Não há razão para retroceder.



DIRETOR-PRESIDENTE DA AGÊNCIA NACIONAL DE ÁGUAS (ANA)







PALESTRA: LICENCIAMENTO AMBIENTAL

Parques recebem espetáculos apresentados em cima de caminhão


Parques recebem espetáculos apresentados em cima de caminhão


24/04/2011 - 13h13





DE SÃO PAULO



A partir deste domingo (24), até outubro, a cia. Fraternal vai apresentar, sempre aos domingos, duas peças, alternadamente, em vários parques da cidade de São Paulo.



A ideia é ousada: em cima de uma carreta de 11 metros de comprimento, um baú foi acoplado. As laterais se abrem e surge um palco itinerante, que recebe a Fraternal Companhia de Arte e Malas-Artes.



Autoria: Arnaldo Pereira/Divulgação



Cena de "Auto da Paixão e da Alegria"; o espetáculo será apresentado a cada 15 dias em parques da cidade



O primeiro espetáculo acontece às 15h do domingo de Páscoa (24), no parque Ibirapuera (zona sul). "Auto da Paixão e da Alegria" narra as aventuras de quatro saltimbancos que contam os acontecimentos bíblicos. Três deles são descendentes de testemunhas oculares da passagem de Jesus pelo mundo. O quarto saltimbanco é um paraibano que conhece inúmeras histórias orais transmitidas pela tradição popular.



No próximo domingo (1º/5), o grupo apresenta a segunda peça, "Sacra Folia", no parque do Carmo. Perseguida por Herodes e seus soldados, a família de Jesus se perde em sua fuga para o Egito e acaba chegando ao Brasil. A perseguição continua em solo nacional e a Sagrada Família se vê obrigada a aceitar a ajuda de dois tipos populares.



Além do palco e do camarim, a "carreta-teatro" também transporta uma cobertura para abrigar a plateia, com capacidade para até 300 pessoas.



Todas as apresentações são gratuitas. Entre os locais selecionados estão alguns pontos referenciais da cidade, como o Parque da Luz, da Independência, da Aclimação, do Carmo, Burle Marx, Orla de Guarapiranga, além do Ibirapuera, que recebe a estreia do projeto, com o "Auto da Paixão e da Alegria".



Confira os locais das próximas apresentações:



24 de abril - "Auto da Paixão e da Alegria" - Parque Ibirapuera (Avenida Pedro Álvares Cabral, s/n - Moema, 5572-0985 e 5574-5177)



1º de maio - "Sacra Folia" - Parque do Carmo (Avenida Afonso de Sampaio e Sousa, 951 - Itaquera, Zona Leste, 2478-0010)



8 de maio - "Auto da Paixão e da Alegria" - Parque da Aclimação (Rua Muniz de Sousa, 1119 - Aclimação, 3208-4042)



15 de maio - "Sacra Folia" - Parque da Luz (Praça da Luz, s/n - Bom Retiro, 3227-3545)



22 de maio - "Auto da Paixão e da Alegria" - Parque Burle Marx (Avenida Dª Helena Pereira de Morais, 200 - Campo Limpo, Zona Sul, 3746-7631)



5 de junho - "Sacra Folia" - Parque Lydia Natalizio (Rua João Pedro Lecor, s/n - Vila Prudente, Zona Leste, 2910-8774)



12 de junho - "Auto da Paixão e da Alegria" - Parque Santa Amélia (Rua Timóteo Correia de Góes, 30 - Jd. das Oliveiras, Itaim Paulista, Zona Leste, 6963-3382)



19 de junho - "Sacra Folia" - Parque Vila Guilherme (Avenida Nadir Dias de Figueiredo, s/n - Vila Guilherme, Zona Norte, em frente à Praça dos Trotadores, 2905-0165)



23 de junho - (Corpus Christi) - "Auto da Paixão e da Alegria" - Parque Shangrilá (Rua Irmã Maria Lourença, 250 - Grajaú/Socorro, Zona Sul, 5933-3015)



26 de junho - "Sacra Folia" - Parque da Independência (Avenida Nazaré, s/n - Ipiranga, 2273-7250)



3 de julho - "Auto da Paixão e da Alegria" - Jardim Felicidade (Rua Laudelino Vieira de Campos, 265 - Jd. Felicidade, Pirituba, Zona Oeste, 3836-6786)



10 de julho - "Sacra Folia" - Parque Raposo Tavares (Rua Telmo Coelho Filho, 200 - Vila Albano, Butantã/Rio Pequeno, 3735-1372)



17 de julho - "Auto da Paixão e da Alegria" - Parque Lions Clube Tucuruvi (Rua Alcindo Bueno de Assis, altura do nº 500 - Tucuruvi, Zona Norte, 6203-5837)



24 de julho - "Sacra Folia" - Parque Rodrigo de Gásperi (conhecido como Pq. da Lagoa, Av. Miguel de Castro, 321 - Pirituba, Zona Oeste, 3854-8600)



31 de julho - "Auto da Paixão e da Alegria" - Parque Orla Guarapiranga (Rua Dr. Caetano Pedaglia Sobrinho, 41 - Socorro, Zona Sul, 5524-8403)



7 de agosto - "Sacra Folia" - Parque Anhanguera (Rua São Marcos, 79 - Sol Nascente, Zona Oeste, Km 24 da Anhanguera, 3942-0878)



14 de agosto - "Auto da Paixão e da Alegria" - Parque Lajeado (Rua Antonio Thadeo, s/n - Guaianazes, Zona Leste, 2153-6215)


As informações estão atualizadas até a data acima. Sugerimos contatar o local para confirmar as informações

Promoção de Licitações Sustentáveis

Promoção de Licitações Sustentáveis



A Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo é um bom exemplo de promoção de licitações sustentáveis. Veja com esse modelo usado por São Paulo pode ser referência para o Brasil.



Autoria: Por Mauricio Lima
fonte: http://www.administradores.com.br/informe-se/artigos/artigo-promocao-de-licitacoes-sustentaveis/54478/


A Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo é um bom exemplo de promoção de licitações sustentáveis. Por meio de atuação conjunta com a Secretaria de Gestão Pública, para implantar um Programa Estadual de Contratações Públicas Sustentáveis (CPS), em convênio com o International Council for Local Environmental Initiatives (ICLEI) – Brasil, instituição voltada à proteção da qualidade do meio ambiente, a Secretaria elabora diretrizes legais para a viabilização das licitações, bem como realiza estudos técnicos para classificar os bens e serviços a serem adquiridos e contratados pela Administração, de acordo com o potencial ambiental dos mesmos.



O Programa Estadual de CPS, instituído pelo Decreto Estadual nº 53.336/2008, baseia-se na criação de comissões internas de CPS, no âmbito dos órgãos e entidades estaduais, que devem realizar um diagnóstico de suas compras e contratações a fim de verificar a presença de critérios socioambientais nas mesmas, especialmente a partir da verificação do consumo de itens que tenham sido contemplados com o Selo de Responsabilidade Socioambiental, criado pelo Decreto Estadual nº 50.170/2005.



As comissões devem elaborar Relatórios Anuais de Contratações Públicas Sustentáveis para reportar os resultados atingidos e as ações e metas a serem adotadas no exercício seguinte.





Os órgãos e entidades responsáveis elaboraram dois relatórios, referentes a 2008 e 2009, os quais subsidiaram a elaboração de um Relatório Unificado do Estado de São Paulo, publicado em outubro de 2010. A criação do Programa se deveu ao fato de que o Decreto Estadual nº 50.170/2005 era insuficiente para garantir a inserção de critérios socioambientais nas compras e contratações realizadas pela Administração, de forma que sua criação permitiu a obtenção de informações importantes para averiguar o quanto o Estado de São Paulo vem praticando as chamadas compras e contratações sustentáveis, promovendo-se a divulgação das melhores práticas e apontando os gargalos a serem superados.





Para os gestores colocarem em prática a sustentabilidade, o ideal é que eles estabeleçam projetos e programas institucionais voltados para os servidores, a fim de garantir que as ações de sustentabilidade sejam implementadas de forma planejada, monitorada e com apresentação de resultados, a partir do envolvimento de um número determinado de servidores, que atuarão como multiplicadores de boas práticas.





Nesse sentido, verifica-se a existência de exemplos interessantes, como é o caso da Agenda Ambiental na Administração Pública (A3P), do Ministério do Meio Ambiente; o Ambientação, do Governo de Minas Gerais, e o Ecoatitude, programa da Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo.





As ações de sustentabilidade a serem desenvolvidas no âmbito de um órgão ou entidade dizem respeito aos tipos de atividades por eles desempenhados, devendo-se, portanto, analisar caso a caso. De forma geral, é possível afirmar que a eficácia das ações depende da consideração de itens estratégicos, como água, energia, emissões e resíduos. No tocante à água, devem ser executadas ações e medidas visando à redução de seu consumo. Isso pode ocorrer tanto por meio da realização de adequações estruturais, com equipamentos hidráulicos economizadores, por exemplo, assim como por meio da sensibilidade dos servidores para uma utilização mais racional desse bem.





O programa é uma ação de grande importância, uma vez que fala de sustentabilidade nas próprias instituições da Secretaria de Estado do Meio Ambiente.





Muitas das ações necessárias para o desenvolvimento do Programa Ecoatitude já se encontravam regularizadas, por conta da certificação do Sistema de Gestão Ambiental pela ISO 14.001/2004 da Fundação Parque Zoológico de São Paulo. Dentre elas, a implantação dos sistemas de tratamento de água e esgoto, uma Unidade de Produção de Composto Orgânico, ações voltadas para a gestão de resíduos sólidos (recicláveis, contaminados, inertes etc.) e uma série de procedimentos, como a atualização e monitoramento de requisitos legais e o desenvolvimento de programas de treinamento e sensibilização para os funcionários, entre outros.





A mobilização é essencial, porém é necessário um grande planejamento, pois demanda tempo, recursos e também competência. Deve ser feito um cronograma anual de treinamento e palestras que são voltados a todos os funcionários, concessionários e colaboradores. Os temas devem ir desde treinamentos obrigatórios por legislação, como brigadas de incêndio, até os que são voltados à conscientização ambiental. Também contamos com os funcionários para ministrar palestras assim como com profissionais de outras instituições convidados, especialistas na área. O trabalho é grande, a vontade que é pouca. Então vamos lá administrador mostrem pra que vocês vieram ao mundo.