quinta-feira, 11 de agosto de 2011

i2R: Novo e-paper promete qualidade e centenas de reusos


Novo e-paper promete qualidade e centenas de reusos


http://eco4planet.uol.com.br/blog/2011/08/novo-e-paper-promete-qualidade-e-centenas-de-reusos/



As telas de e-ink são utilizadas em leitores de livros como o Kindle, da Amazon, e prometem ser a solução para nossa leitura já que não cansam os olhos, evitam o uso de papel (e árvores), durando dias a fio com uma única carga de bateria.
Mas não são um substituto para o papel em todos os casos, já que ficam devendo na finura e leveza por exigirem todo um sistema computacional acoplado e baterias. Isso pode mudar com o i2R, desenvolvido em Taiwan.
O i2R utiliza um processo térmico para escrever e apagar as imagens – algo parecido com o sistema utilizado no fax, mas permitindo apagar e reescrever até 260 vezes. Sem utilizar iluminação traseira ou bateria para funcionar, o papel eletrônico se mostra de grande serventia para cadernos ou quadros de aviso, por exemplo.
A criação é do Instituto de Pesquisa em Tecnologia Industrial de Tóquio que durante o desenvolvimento transferiu o projeto para uma empresa de Taiwan. Segundo eles, o i2R só deve chegar ao mercado em 2013.

Cigarro é mais nocivo à saúde da mulher do que do homem


Cigarro é mais nocivo à saúde da mulher do que do homem

http://veja.abril.com.br/noticia/saude/mulheres-fumantes-correm-mais-riscos-de-doencas-cardiacas-que-homens

Elas sofrem 25% mais riscos de desenvolverem doenças cardíacas pelo fumo

Tabagismo: hábito aumenta em 25% os riscos cardíacos para as mulheres

 Tabagismo: hábito aumenta em 25% os riscos cardíacos para as mulheres (Stockbyte/Thinkstock)

Os efeitos nocivos do cigarro à saúde são ainda mais devastadores para as mulheres do que para os homens. É o que revela uma pesquisa publicada no periódico científico The Lancet. De acordo com o estudo - que reuniu dados levantados durante 30 anos de pesquisas -, as mulheres fumantes correm 25% mais risco de sofrerem de doenças cardíacas do que os homens.
As diferentes pesquisas analisadas por cientistas das universidades de Minnesota e John Hopkins, nos Estados Unidos, reúnem dados de 2,4 milhões de pessoas. A análise, porém, não foi capaz de identificar por que os riscos são maiores entre as mulheres. Uma hipótese levantada é de que o fato seria provocado por diferenças fisiológicas entre os dois sexos.
Segundo a Fundação Britânica do Coração, a descoberta é alarmante, uma vez que as mulheres tendem, normalmente, a fumar menos do que os homens. O problema seria agravado pelo fato de que o tabagismo vem se tornando popular entre as mulheres de países de média e baixa renda.
A teoria das diferenças fisiológicas poderia ser reforçada por estudos anteriores que mostraram que as mulheres fumantes têm o dobro do risco de sofrer câncer de pulmão do que homens. Há ainda a sugestão de que as mulheres extrairiam um maior número de substâncias cancerígenas e de outros agentes tóxicos do mesmo número de cigarros fumados pelos homens.

Clique nas perguntas abaixo para dicas de como parar de fumar:


(Com reportagem de Alline Menegueti)
*O conteúdo destes vídeos é um serviço de informação e não pode substituir uma consulta médica. Em caso de problemas de saúde, procure um médico.



11/08/2011 - 09h26

Mulheres fumantes tendem a ter mais doenças cardíacas que homens


DA BBC BRASIL
As mulheres que fumam têm 25% mais chances de sofrer doenças cardíacas do que os homens.
BBC
As mulheres extraem maior quantidade de cancerígenos a partir da mesma quantidade de cigarros que os homens, diz pesquisa
As mulheres extraem maior quantidade de cancerígenos a partir da mesma quantidade de cigarros que os homens


































São essas as conclusões de uma pesquisa que utilizou os dados de pouco menos de 2,4 milhões de pessoas com problemas cardíacos, realizada nos EUA por especialistas da Universidade de Minnesota e da Johhs Hopkins University, entre 1966 e 2010.
O estudo, publicado na revista médica especializada "Lancet", afirma ainda que as mulheres em média fumam menos cigarros por dia do que homens, mas acrescenta que ainda assim elas têm mais chances de sofrer doenças coronárias se deveria a diferenças fisiológicas entre os dois sexos.
As mulheres, afirma a pesquisa, ''possivelmente extraem uma maior quantidade de cancerígenos e outros agentes tóxicos a partir da mesma quantidade de cigarros que os homens''.
A teoria das diferenças fisiológicas, afirmam os analistas envolvidos com a pesquisa, pode ser reforçada, por estudos anteriores que mostraram que as mulheres fumantes têm o dobro do risco de sofrer câncer de pulmão do que homens.
Os pesquisadores afirmam que a diferença no percentual da incidência de doenças coronárias entre homens e mulheres fumantes pode ser ainda maior do que a cifra de 25%, já que em muitos países o hábito de fumar entre mulheres é mais recente do que entre homens.
O documento afirma que fumar é uma das principais causas de doenças coronárias em todo o mundo e ''continuará sendo enquanto populações que até recentemente haviam escapado incólumes da epidemia do fumo passarem a fumar em níveis só vistos anteriormente em países de renda elevada''.
O problema, afirmam os analistas, pode ser ainda mais agravado, já que ''a popularidade do ato de fumar estaria aumentando entre mulheres jovens de países de renda baixa ou média''.
Entre as conclusões presentes na pesquisa está a de que autoridades governamentais devem criar políticas específicas para coibir o vício do fumo entre as mulheres.


Jogar bituca de cigarro no chão dará multa em Sorocaba


quinta-feira, 11 de agosto de 2011 17:12

Jogar bituca de cigarro no chão dará multa em Sorocaba


http://www.dgabc.com.br/News/5905966/jogar-bituca-de-cigarro-no-chao-dara-multa-em-sorocaba.aspx

Jogar bituca (ponta de cigarro) na rua e outros lugares públicos dará multa de R$ 50 em Sorocaba, cidade do interior paulista localizada a 92 km de São Paulo. É o que prevê projeto aprovado hoje pela Câmara. Denúncias de pessoas que presenciarem o ato podem ser aceitas como prova. O projeto foi aprovado por unanimidade, mas ainda passará por nova votação. A prefeitura terá de instalar recipientes apropriados para a coleta de bitucas em locais de circulação de pessoas.
De acordo com o autor da proposta, o vereador Francisco Moko Yabiku (PSDB), a aplicação das multas só irá valer após ampla campanha educativa. O projeto prevê a colocação de cartazes de advertência em local visível em áreas como bares, restaurantes e prédios públicos. Ao defender a aprovação, Yabiku leu mensagens de munícipes favoráveis à proposta, entre elas a de um estudante que reclamava do acúmulo de bitucas em frente à sua escola.
O parlamentar destacou o prejuízo ambiental que as pontas de cigarro representam e afirmou que, no caso de Sorocaba, é preciso evitar que cheguem ao rio que dá nome à cidade e corta a área urbana. "Experiências demonstram que vinte bitucas misturadas à água correspondem a um litro de esgoto doméstico", justificou. O vereador José Crespo (DEM) contestou itens do projeto, como o fato de aceitar a delação como prova para aplicação da multa, mas votou a favor.
Yabiku afirmou que a ideia da delação tem forte simbolismo. "Todos devem policiar uns aos outros." Ele destacou o caráter ambiental e educacional da proposta. "No Brasil, o descarte de bitucas nas ruas aumentou consideravelmente com a entrada em vigor da lei antifumo. Com a proibição de se fumar em ambientes fechados, as ruas se encheram de bitucas de cigarro, que são levadas pelas chuvas aos rios e mananciais." A proposta recebeu o apoio de Luis Santos (PMN). "Espero que este projeto gere uma ação de conscientização coletiva", disse.
A lei antifumo, que proíbe acender cigarros em bares, restaurantes, estabelecimentos comerciais e lugares fechados de acesso público, está em vigor no Estado de São Paulo desde maio de 2009. Nesse período, foram aplicadas pouco mais de 1,1 mil multas por infração à norma.

Bactérias que utilizam hidrogênio como fonte de energia para produzir matéria orgânica


Cientistas descobrem bactérias que usam hidrogênio como fonte energética

Esta é a primeira vez que seres vivos que realizam esse processo energético são encontrados


10 de agosto de 2011 | 14h 00



Efe
PARIS - Uma equipe internacional de pesquisadores encontrou pela primeira vez, nas profundezas abissais do oceano, bactérias que utilizam hidrogênio como fonte de energia para produzir matéria orgânica, informou nesta quarta-feira, 10, o Centro Nacional de Pesquisa Científica da França (CNRS, na sigla em francês).

Marum
Marum
Bactérias que utilizam hidrogênio como fonte de energia para produzir matéria orgânica











Os resultados da pesquisa, realizada com o instituto alemão Max Planck e a Universidade de Harvard, que publica a revista científicaNature, abrem "perspectivas interessantes" no setor das biotecnologias e das energias renováveis, segundo uma nota do CNRS.
Os cientistas encontraram as bactérias a 3,2 mil metros de profundidade no campo de Logatchev, uma cordilheira submarina no meio do caminho entre o Caribe e as ilhas africanas de Cabo Verde.
A região é uma zona de produção de energia hidrotermal na qual esses organismos, que vivem em simbiose com bancos de mexilhões, consomem até 50% do hidrogênio liberado.
Segundo os dados recolhidos, na extensão de terreno analisada são consumidos até 39 milhões de litros de hidrogênio por ano.
Os pesquisadores descobriram também que o gene responsável pela transformação química do hidrogênio pode ser encontrado igualmente em bactérias que vivem em associação com outros organismos hidrotermais, como vermes e camarões.
"A descoberta implica que a capacidade de utilizar o hidrogênio como fonte de energia é habitual (...) nos lugares onde o hidrogênio abunda", assinalou o CNRS.
Esses ecossistemas "extremos" interessam particularmente aos cientistas por abrigar condições nas quais se desenvolvem formas de vida primária sobre a Terra, explicou o centro francês.
Nessas zonas hidrotermais, os animais vivem em simbiose com bactérias que são capazes de produzir matéria orgânica mediante a transformação de energia química, em vez de fazê-lo mediante a energia luminosa, como no caso das plantas.
Embora já tenham sido descobertas bactérias capazes de se alimentar de metano e de sulfureto de hidrogênio, o uso de hidrogênio pelas mesmas resulta mais interessante para os cientistas, segundo o CNRS, já que sua produtividade é até 18 vezes superior a dessas outras duas fontes de energia.




Cientistas geram hidrogênio através de bactérias utilizadas para tratar água

Uma das preocupações dos pesquisadores na escolha do processo é evitar a geração de gases do efeito estufa


26 de abril de 2011 | 11h 23


EFE
México - Um grupo de pesquisadores da Universidade Nacional Autônoma do México (Unam) desenvolveu um método para gerar hidrogênio com bactérias utilizadas no tratamento de águas negras, informou nesta segunda-feira, 25, a instituição.
Unam/Divulgação
Unam/Divulgação
Germán Buitrón é o cientista responsável pela pesquisa









Os cientistas do laboratório de pesquisa em processos avançados de tratamento de águas da faculdade de engenharia da Unam, liderados pelo pesquisador Germán Buitrón, aproveitaram os subprodutos do processo de tratamento da água residual para gerar energia de maneira sustentável.
Muitos organismos anaeróbios podem produzir hidrogênio à revelia de luz, a partir dos carboidratos contidos em resíduos orgânicos.
No tratamento das águas por via anaeróbia (ausência de oxigênio), as bactérias do gênero clostridium degradam a matéria orgânica presente na água e geram uma mistura de metano e dióxido de carbono, conhecida como biogás.
O objetivo do projeto é utilizar esse processo para produzir hidrogênio, revelou a instituição em comunicado.
"O desafio é maximizar a geração (de hidrogênio), porque as quantidades obtidas são baixas. Atualmente, estudamos como fazer com que as velocidades de produção do hidrogênio aumentem", disse Buitrón.
O pesquisador ressaltou que "o principal interesse" no uso do hidrogênio está em "não gerar gases do efeito estufa, pois, como subproduto de sua combustão, só se produz água", e porque "tem um alto poder calorífico".
Segundo ele, o valor energético de um quilograma de hidrogênio é equivalente ao de 2,4 quilogramas de metano, além de ter 2,75 vezes mais energia que os hidrocarbonetos.
Buitrón afirmou que, embora a matéria orgânica procedente das águas negras "seja talvez insuficiente para sustentar uma energia global", este processo poderia "ajudar a compensar, de maneira substancial, os custos do tratamento de líquidos", especialmente daqueles com altas concentrações de matéria orgânica. 


Sustentabilidade na construção civil: Mudanças climáticas; desenvolvimento humano; energia; água; materiais e sistemas; resíduos; e meio ambiente, infraestrutura e desenvolvimento urbano.


Construção civil cria programa de sustentabilidade para o setor

10 de agosto de 2011 | 0h 00


- O Estado de S.Paulo

A Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) entrega hoje à presidente Dilma Rousseff o Programa Construção Sustentável, que reúne as propostas do setor para o governo e a sociedade brasileira. A proposta do CBIC foi discutida por um conselho composto por ONGs, sindicatos, parlamentares e empresariado. O modelo utilizado é baseado na estratégia do governo britânico para construção sustentável. "A diferença é que na Grã-Bretanha o tema é política pública. Aqui, o máximo que podemos fazer é sugerir medidas para o governo e a sociedade", diz o vice-presidente do CBIC, João Carlos Martins.
O documento a ser entregue à presidente está dividido em sete eixos: mudanças climáticas; desenvolvimento humano; energia; água; materiais e sistemas; resíduos; e meio ambiente, infraestrutura e desenvolvimento urbano.
"O próximo passo é começar um inventário de emissões da cadeia produtiva da construção civil brasileira", esclarece Martins. "Os dados gerais adotados para o setor contabilizam que 20% das emissões ocorrem no decorrer da obra e os outros 80% no pós-obra. Mas, aqui, as maiores emissões ocorrem durante a execução." Segundo ele, no Brasil, o transporte é o grande vilão das emissões no setor. "A matéria-prima está cada vez mais longe dos grandes centros", explica. 

Construção de usinas hidrelétricas: Resistência local de ambientalistas e de críticos de um suposto "imperialismo" do Brasil


11/08/2011 - 05h51

Brasil estuda construir hidrelétricas em 7 países da América Latina



DA BBC BRASIL



O governo brasileiro realiza estudos para construir usinas hidrelétricas em ao menos sete países da América Latina.
Os projetos tentam atender à crescente demanda por energia da região, que vive um período contínuo de expansão econômica, mas, em alguns casos, enfrentam resistência local de ambientalistas e de críticos de um suposto "imperialismo" do Brasil.
As usinas, que gerariam cerca de 12 mil MW (Itaipu, a segunda maior hidrelétrica do mundo, gera 14 mil MW), seriam erguidas em associação com empreiteiras locais e também abasteceriam o mercado brasileiro.
Lançado neste ano, o Plano Decenal de Expansão de Energia cita projetos para a construção de hidrelétricas no Peru, na Bolívia, na Guiana e na fronteira com a Argentina.
Entre os projetos, estão seis usinas no Peru, que totalizariam aproximadamente 7 mil MW de capacidade instalada.
As hidrelétricas, listadas em acordo assinado em 2010 pelos então presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Alan García, custariam US$ 15 bilhões (cerca de R$ 23 bilhões) e seriam geridas pela Eletrobrás, estatal brasileira do setor elétrico.
No entanto, em junho, o Peru cancelou a licença provisória de um consórcio brasileiro para a construção da primeira das usinas, no rio Inambari. A decisão ocorreu em meio a protestos no departamento (Estado) de Puno, o mesmo que abrigaria a hidrelétrica, pela cassação de todas as concessões nos setores energético e minerador do Peru.
Para Sinval Gama, superintendente de operações internacionais da Eletrobrás, cabe agora à empresa esperar pelas novas diretrizes a serem definidas pelo governo do presidente Ollanta Humala, que assumiu o cargo em julho.
"Cada país é soberano, cabe aos investidores se adequar às regras", disse à BBC Brasil.
Manifestantes peruanos alegam que as usinas seriam mais benéficas ao Brasil do que ao Peru, já que o país andino arcaria sozinho com o prejuízo ambiental das obras.
Em resposta a este argumento, Gama afirma que o consórcio estuda formas de exportar a energia excedente a outros países, como Chile e Argentina. "Assim, a energia poderá ser exportada para onde o Peru achar melhor."

OUTROS PAÍSES
Na Bolívia, a Eletrobrás estuda a implantação da hidrelétrica Cachoeira Esperança, com 800 MW.
Na Guiana, a companhia verifica a viabilidade de uma usina com potência de 1.500 MW e está mapeando o potencial hidrelétrico total do país, estimado em 8 mil MW.
A energia poderá ser importada pelo Brasil por meio de interligações em Roraima e substituir o uso de combustíveis fósseis na região.
Há ainda duas usinas binacionais, que produziriam 2 mil MW, em estudo entre o Brasil e a Argentina, a serem instaladas no rio Uruguai.
Além desses empreendimentos, segundo Sinval Gama, a Eletrobrás iniciou negociações sobre possíveis investimentos no Suriname e na Guiana Francesa. Também há previsão de construção de uma hidrelétrica na Nicarágua.

DEFICIT ENERGÉTICO
Para Gama, embora a carência de energia na América Latina favoreça no longo prazo os planos de expansão da Eletrobrás, no curto prazo, pode acarretar em decisões equivocadas dos governos.
"Quando o sapato aperta, procura-se um sapato folgado e só depois é que se vê qual sapato é o melhor", disse.
Ele explica que a urgência em gerar energia pode fazer com que os países optem por investimentos com resultados mais rápidos, como em usinas termelétricas.
"Mas a solução por uma matriz limpa e renovável nunca pode ser de curto prazo", afirmou. Segundo Gama, a construção de uma hidrelétrica exige uma série de estudos e licenças que dificilmente são concluídos em menos de dez anos.

IMPERIALISMO BRASILEIRO
Ao mesmo tempo em que estimula a internacionalização da Eletrobrás, o governo brasileiro tenta evitar que os investimentos da estatal nos vizinhos sejam vistos com ressalvas pelas populações locais, como se refletissem uma espécie de "imperialismo brasileiro" na região.
Por isso, segundo um diplomata brasileiro ouvido pela BBC Brasil, o governo advoga que as relações com os vizinhos não devem ocorrer somente no campo econômico, mas também em cooperação em políticas sociais e em segurança nas fronteiras, por exemplo.
Quanto aos acordos energéticos, o Itamaraty diz que o Brasil busca situações em que haja ganhos para os dois lados e ampara as negociações em tratados internacionais, que tenham respaldo de todas as partes.
Na avaliação do governo, a integração energética pode gerar um melhor aproveitamento das diferentes fontes de energia disponíveis na região, favorecendo o desenvolvimento mútuo das economias.

O MUNDO SE LIVRA DO VÍCIO DO FUMO

O MUNDO SE LIVRA DO VÍCIO DO FUMO 


fonte: http://www.worldwatch.org.br/artigos/017.html

autoria: Lester R. Brown 

Autorizada a reprodução total ou parcial, citando a fonte e o site http://www.wwiuma.org.br/

Após um século de incentivo ao fumo, o mundo dá as costas aos cigarros, seguindo a liderança dos Estados Unidos. Em 1999, o consumo de cigarros por pessoa nos Estados Unidos caiu num percentual estonteante de 8 porcento, e no mundo como um todo em 3 porcento. 

A tendência nos Estados Unidos é movida por uma conscientização cada vez maior dos efeitos danosos à saúde causados pelo fumo, pela elevação dos preços e impostos dos cigarros, pelas campanhas anti-tabagistas agressivas em vários estados e pelo declínio na aceitação social do fumo. Ironicamente, a terra que deu o fumo ao mundo está hoje o conduzindo para abandoná-lo. 

Nos Estados Unidos, o número de cigarros fumados por pessoa vem caindo há duas décadas, reduzindo-se de 2.810 em 1980 para 1.633 em 1999, um declínio de 42 porcento. Em todo o mundo, onde o recuo em relação aos Estados Unidos tem um atraso de uma década, o consumo caiu do pico histórico de 1.027 cigarros por pessoa em 1990, para 915 em 1999, uma queda de 11 porcento. 

De fato, o fumo está em declínio em quase todos os principais países consumidores, incluindo baluartes do fumo como a França, China e Japão. O número de cigarros por pessoa caiu 19 porcento na França desde seu pico em 1985, 8 porcento na China desde 1990 e 4 porcento no Japão desde 1992, de acordo com o banco de dados mundial do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos. 

A comprovação dos efeitos danosos à saúde causados pelo fumo continua a crescer. Hoje existem registros de cerca de 25 doenças relacionadas ao fumo, incluindo doenças cardíacas, derrames, doenças respiratórias, várias formas de câncer e impotência masculina. 

O fumo é um grande ceifador da vida humana. A Organização Mundial da Saúde (OMS) calcula que, em todo o mundo, 4 milhões de pessoas morrem prematuramente a cada ano devido ao cigarro. As 400.000 vidas ceifadas todo ano por doenças relacionadas ao fumo nos Estados Unidos, equivale ao número de americanos que morreram na II Guerra Mundial. Na China, o fumo arrebata aproximadamente 2.000 vidas por dia, o equivalente a dois desastres diários de aviões jumbo, sem sobreviventes. 

O declínio do fumo nos Estados Unidos foi provocado inicialmente pelo relatório sobre fumo e saúde, do Surgeon General [equivalente norte-americano ao Ministro da Saúde], que foi publicado pela primeira vez em 1964. Desde então vem sendo publicado quase anualmente, gerando milhares de estudos em todo o mundo sobre o efeito do fumo na saúde. Esses estudos, e a cobertura da mídia sobre suas conclusões, despertaram a consciência pública quanto aos efeitos danosos do cigarro, não apenas nos Estados Unidos mas também em todo o mundo. 

Ao longo dos anos, evidências crescentes dos efeitos do fumo na saúde minaram a posição intransigente da indústria de cigarros negando tal ligação. Ao faze-lo, a indústria perdeu a credibilidade. Os fabricantes de cigarros começaram a perder ações na justiça quando os tribunais os responsabilizaram pelos danos à saúde dos fumantes. No final de novembro de 1998, a indústria concordou em pagar aos 50 governos estaduais um total de US$ 251 bilhões, para cobrir os custos dos serviços de saúde pública no tratamento de doenças relacionadas ao fumo - quase US$ 1.000 por cada cidadão americano. 

A fim de cobrir os custos dessa indenização, os fabricantes de cigarros elevaram os preços. Entre janeiro de 1998 e janeiro de 2000, o preço médio do cigarro, no atacado, nos Estados Unidos subiu de US$ 1,31 por maço para US$ 2,35, ou um aumento de 79 porcento em dois anos. 

Enquanto as fábricas aumentavam os preços dos cigarros, os governos estaduais elevavam os impostos. No final de 1999, impostos sobre cigarros variavam de 2 centavos de dólar por maço em Virgínia, um estado produtor de fumo, para US$ 1 por maço no Alasca e Havaí. Preços mais elevados de cigarros parecem estar revertendo a tendência recente de alta no consumo entre adolescentes. 

Os governos estaduais não apenas elevaram os impostos sobre os cigarros, mas também insistiram, como parte da indenização de novembro de 1998, que o Tobacco Institute, o braço lobista poderoso da indústria, fosse desativado. Em 29 de janeiro de 1999 o Instituto, um dos "lobbies" mais bem providos de fundos em Washington, com um quadro de funcionários efetivos de 60 pessoas, fechou suas portas. 

As restrições à publicidade de cigarros, que começou com uma proibição de anúncios em rádios e TVs nos Estados Unidos, estão se espalhando. A União Européia, por exemplo, recentemente promulgou uma lei proibindo toda a publicidade de cigarros a partir de 2006. 

As proibições de fumar também estão evoluindo. A restrição começou em aviões, segregando áreas de fumantes e não-fumantes. Mas, nos Estados Unidos, isto logo se ampliou para uma proibição total nos aviões, uma medida que está sendo adotada por companhias aéreas em outros países. 

O mesmo ocorre em restaurantes. Nos Estados Unidos, a segregação de não-fumantes e fumantes foi substituída por uma proibição direta do fumo em restaurantes em cinco estados - Califórnia, Nevada, Maryland, Minnesota e Vermont. Proibição do fumo em transportes públicos e nos locais de trabalho hoje existem em muitos países. 

Até pouco tempo atrás, os fabricantes de cigarros nos Estados Unidos não se preocupavam muito com o fato dos americanos estarem fumando menos, já que vislumbravam um gigantesco mercado se abrindo no Terceiro Mundo, uma oportunidade comercial sem precedentes. Todavia, não levaram em conta a globalização do esforço anti-tabagista. De fato, vários governos de países em desenvolvimento estão processando empresas americanas de cigarro nos tribunais dos Estados Unidos, reclamando a recuperação dos custos do tratamento de doenças relacionadas ao fumo. 

A campanha contra o fumo está sendo impulsionada por pesquisas que indicam que o cigarro é uma das causas principais da impotência masculina. A constrição e bloqueio de pequenos vasos sangüíneos associados ao fumo pode primeiramente se manifestar na incapacidade de conseguir uma ereção, bem antes do bloqueio das maiores artérias coronárias levar a uma doença cardíaca. 

Um dos sustentáculos da campanha bem-sucedida da Califórnia contra o cigarro, é um anúncio de televisão no qual um flerte de um homem com uma mulher fracassa quando o cigarro em sua boca começa a abaixar. A experiência da Califórnia demonstra que, enquanto os adolescentes masculinos podem não estar se importando muito com a questão da mortalidade, estão preocupados com sua sexualidade. Na Tailândia, os maços de cigarros trazem, em destaque, o aviso "O fumo causa impotência sexual." 

À medida que os custos sociais do fumo se tornam mais visíveis, e o número de mortes relacionadas ao fumo aumenta, a campanha anti-tabagista global ganha ímpeto. Os governos que antes consideravam o cigarro apenas como fonte de receita, estão agora observando os custos ascendentes do tratamento das doenças relacionadas ao fumo. A OMS lançou uma campanha mundial ambiciosa para desencorajar o fumo, que espera culminará num tratado internacional, a Convenção da Estrutura sobre o Controle do Fumo [Framework Convention on Tobacco Control] para regulamentar o consumo do fumo. 

Enquanto isso, o desafio é sustentar o declínio do fumo ampliando ainda mais o trabalho educacional em todo o mundo sobre os efeitos na saúde desse vício tão custoso, através de restrições maiores à publicidade, proibições do fumo em locais públicos e ambientes de trabalho, e elevações dos impostos sobre os cigarros para um nível que reflita mais o seu custo à sociedade. O objetivo é tornar o fumo tão socialmente inaceitável quanto economicamente dispendioso. 








© WWI-Worldwatch Institute / UMA-Universidade Livre da Mata Atlântica 2001, todos os direitos reservados. Autorizada a reprodução total ou parcial, citando a fonte e o site http://www.wwiuma.org.br/

São Paulo e Nova York: O desafio do Lixo



NOVA YORK: CAPITAL MUNDIAL DO LIXO 

fonte: http://www.worldwatch.org.br/artigos/001.html

autoria: Lester Brown* 

Autorizada a reprodução citando fonte e site http://www.wwiuma.org.br/



A questão sobre o que fazer com as 11.000 toneladas de lixo produzidas diariamente pela cidade de Nova York vem novamente à tona, desta vez no orçamento do Prefeito Michael Bloomberg que propõe, como medida de economia, acabar com a reciclagem de metais, vidros e plásticos. Infelizmente, isto significa aumentar, ao invés de diminuir, o volume do lixo. 

O problema do lixo de Nova York tem três facetas. É um problema econômico, um desafio ambiental e um pesadelo potencial de relações públicas. Quando o aterro sanitário de Fresh Kills, o local de destinação final do lixo de Nova York, foi desativado permanentemente em março de 2001, a cidade teve que transportar o lixo para aterros distantes em Nova Jersey, Pensilvânia e Virginia – alguns a quase 500 quilômetros de distância. 

Tomando por base uma carga de 20 toneladas para cada uma das caçambas-reboque utilizadas para transporte a longa distância, são necessários cerca de 550 reboques para transportar o lixo de Nova York, diariamente. Estes reboques formam um comboio de 14 quilômetros de extensão, congestionando o trânsito, poluindo o ar e elevando as emissões de carbono. Este comboio diário levou o Vice-Prefeito Joseph J. Lhota, que supervisionou a desativação de Fresh Kills, a declarar que a eliminação do lixo urbano, hoje, “é como uma operação militar cotidiana.” 

Ao invés de reduzir rapidamente o volume de lixo gerado enquanto Fresh Kills se enchia, a decisão foi simplesmente levá-lo para outro lugar. Comunidades locais em outros estados, carentes de recursos, se prontificam a aceitar o lixo de Nova York – se forem bem remunerados. Alguns o consideram uma benesse. Entretanto, para os governos estaduais sobrecarregados com os custos crescentes de manutenção de rodovias, este esquema não é muito atraente. Além disso, têm que lidar com congestionamentos, ruídos, aumento da poluição e reclamações das comunidades vizinhas. 

O Governador de Virginia, Jim Gilmore, protestou ao Prefeito Rudy Giuliani, em 2001, contra o uso do estado como depósito de lixo. “Compreendo o problema que Nova York enfrenta,” observou ele. “Mas o estado natal de Washington, Jefferson e Madison não tem a menor intenção de se tornar o lixão de Nova York.” 

No início de abril de 2001, o novo Governador de Virginia, Mark Warner, propôs um imposto de US$ 5 por tonelada sobre todos os resíduos sólidos despejados em Virginia. Isto deverá gerar um fluxo de caixa anual de US$ 76 milhões para o tesouro estadual, mas não ajudará a resolver os problemas econômicos de Nova York. 

Na Pensilvânia, a Assembléia Geral está considerando promulgar legislação que restrinja a importação de lixo de outros estados. À medida que os aterros dos estados vizinhos começam a encher haverá menos locais para levar o lixo de Nova York, aumentando ainda mais os custos de sua destinação final. 

O lixo de aterros consome terra. Para cada 40.000 toneladas de lixo adicionado a um aterro, perde-se pelo menos um acre de terra para uso futuro. Também se perde uma grande área do seu entorno, pois o aterro, com resíduos potencialmente tóxicos, deve ficar isolado das áreas residenciais. 

A administração municipal de Bloomberg propôs a incineração como solução. Porém a queima diária de 11.000 toneladas de lixo apenas aumentará a poluição atmosférica, agravando ainda mais o ar já insalubre. Da mesma forma que o transporte do lixo para locais distantes, a incineração trata os sintomas e não as causas da montanha de lixo de Nova York. 

O volume de lixo produzido na cidade é a manifestação de um problema mais fundamental – a evolução da economia mundial do descarte. Produtos descartáveis, facilitados pelo apelo da conveniência e o custo artificialmente baixo de energia, são responsáveis por grande parte do lixo que produzimos. 

É fácil esquecer quantos produtos descartáveis existem até que comecemos, efetivamente, a listá-los. Substituímos os lenços, toalhas de mão e guardanapos de pano pelos de papel, e as garrafas de vidro, reutilizáveis, por latas e garrafas plásticas. Talvez, como o último dos insultos, os próprios sacos de compras que são utilizados para transportar os produtos descartáveis são, eles próprios, descartáveis, somando-se ao fluxo do lixo. A pergunta no caixa do supermercado, “Papel ou plástico?” deveria ser substituída por, “Você trouxe sua sacola?” 

O desafio que enfrentamos, hoje, é substituir a economia do descarte pela economia da redução/reutilização/reciclagem. A Terra não pode mais tolerar poluição, uso de energia, perturbação da mineração e desmatamento exigidos pela economia do descarte. Para cidades como Nova York o desafio é, em primeiro lugar, menos o que fazer com o lixo e mais como evitar sua produção. 

Nova York recicla apenas 18 porcento dos seus resíduos municipais. Los Angeles recicla 44 porcento e Chicago, 47 porcento. Seattle e Minneapolis têm, ambos, taxas de reciclagem em torno de 60 porcento. Mas, até mesmo eles estão longe de explorar o potencial pleno da reciclagem do lixo. Há muitas formas de reduzir a montanha diária de lixo. Uma delas é, simplesmente, proibir o uso de recipientes “one-way” para bebidas, o que foi feito na Dinamarca e Finlândia. A Dinamarca, por exemplo, proibiu recipientes “one-way” para refrigerantes em 1977 e cerveja em 1981. Se o Prefeito Bloomberg quiser um exemplo mais perto de casa, é só visitar a Ilha Prince Edward, no Canadá, que também adotou uma proibição semelhante para recipientes “one-way.” 

Há outros ganhos na reutilização de recipientes de bebidas. Uma vez que são transportados de volta para as engarrafadoras nos mesmos caminhões que fazem a entrega, reduzem não apenas o lixo mas também o congestionamento do trânsito, o uso de energia e a poluição atmosférica. 

Temos a tecnologia para reciclar praticamente todos os componentes do lixo. Por exemplo, a Alemanha, hoje, obtém 72 porcento do seu papel de fibras recicladas. Com vidro, alumínio e plásticos, as taxas potenciais de reciclagem são até maiores. 

Os nutrientes do lixo também podem ser reciclados pela compostagem de materiais orgânicos, inclusive resíduos da capinação de parques e jardins, restos de alimentação e de produtos de supermercados. Anualmente, o mundo minera 139 milhões de toneladas de rocha fosfatada e 20 milhões de toneladas de potassa, a fim de obter o fósforo e potássio necessário para substituir os nutrientes que as lavouras removem do solo. A compostagem urbana que devolveria os nutrientes ao solo poderia reduzir enormemente estes gastos em nutrientes e a perturbação causada por sua mineração. 

Uma outra medida para redução do lixo, nesta situação de estresse fiscal, seria aplicar um imposto sobre todos os produtos descartáveis (efetivamente um imposto do lixão) para que aqueles que utilizam produtos descartáveis suportem diretamente o custo de sua destinação final. Isto aumentaria receitas reduzindo, ao mesmo tempo. os gastos para a destinação do lixo, e ajudando a reduzir o déficit fiscal da cidade. 

Existem inúmeras soluções de ganho economicamente atraentes e ambientalmente desejáveis, que ajudarão a evitar a débâcle emergente de relações públicas criada pela imagem de Nova York como a capital mundial do lixo. Uma resposta a esta situação que trate as causas, ao invés dos sintomas da geração do lixo, poderá ser extremamente proveitosa para a cidade. 



*Lester Brown é fundador do WWI-Worldwatch Institute e do EPI-Earth Policy Institute 



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