sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Vá de bicicleta


quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012 7:00

http://www.dgabc.com.br/News/5943322/va-de-bicicleta.aspx

Eliane de Souza 
Especial para o Diário


O cicloturismo ganha força no Brasil, ancorado por ciclistas amadores e profissionais, fãs de natureza, apaixonados por desafios, e simpatizantes dos valores de sustentabilidade. A modalidade é uma forma econômica, ecológica e saudável de fazer turismo. Muitos adeptos aproveitam fins de semana ou férias para pedalar em praias, parques, trilhas ou algum lugar próximo de casa. Uma boa maneira de sair da rotina diária, aliviar o estresse e ainda praticar exercícios físicos.
A prática é incentivada pelo Ministério do Turismo em 53 municípios, que receberam R$ 20,2 milhões para a construção de ciclovias entre 2001 e 2011. Segundo o Ministério das Cidades, há 2.500 quilômetros de ciclovias e ciclofaixas no País, mas a quantidade é insuficiente para as 75 milhões de bicicletas que existem hoje no Brasil. E há quem se valha das magrelas não só como alternativa de transporte em meio ao trânsito caótico como também para desfrutar da paisagem e interagir de uma forma que seria impossível por trás dos vidros escuros dos automóveis.
Embora o Rio de Janeiro dispute com Bogotá, na Colômbia, o título de cidade com maior número de ciclovias da América do Sul, o cicloturismo ainda não é amplamente propagado pelo País. Mas o novo modo de viajar tem tudo para avançar. Muitas ciclovias estão ganhando fama pela nova vocação turística, entrecortadas por paisagens urbanas, litorâneas e rurais. Fortaleza e Recife abrem espaço para pedaladas culturais e projetos especialmente desenvolvidos para fãs de viagens e passeios sobre duas rodas. Outros roteiros já sacramentados do País - como as praias catarinenses e o centro de Curitiba - também estão entre os destinos redescobertos por cicloturistas.
Encontre sua turma de bike
Os turistas sobre duas rodas estão organizados em diversos clubes, onde compartilham experiências, roteiros, dicas sobre o esporte e até arrumam companheiros para viagens de bicicleta em destinos nacionais e internacionais. Um desses clubes é o Sampa Bikers, de São Paulo, presidido pelo arquiteto Paulo de Tarso, 47 anos. O grupo se reúne em passeios de bicicleta pela Capital, competições, feiras, cursos sobre manutenção das magrelas e, claro, cicloviagens.
Outro grupo que já conta com cerca de 15 mil cadastrados é o Clube do Cicloturismo do Brasil, presidido por Eliana Garcia, que já escreveu até um manual para quem está começando a se aventurar sobre duas rodas. "Muita gente acha que somos atletas e que seria impossível para qualquer pessoa realizar uma viagem de bicicleta. Mas o que temos constatado é que um número cada vez maior de pessoas está percebendo que, da mesma forma como andávamos de bicicleta quando crianças, podemos voltar a fazê-lo com a mesma alegria depois de adultos."
O cicloturismo atrai especialmente profissionais liberais, na faixa dos 35 anos, e que já têm o ciclismo como hobby. Por conta da menor quantidade de carros e para evitar assaltos, os praticantes preferem regiões rurais. Muitos ciclistas colocam o fôlego à prova em cidades ao Sul de Minas ou no interior do Estado, a cerca de 200 quilômetros da Capital.
Um dos trechos preferidos de Paulo de Tarso no Brasil é a Rota do Descobrimento, no Sul da Bahia, que compreende as cidades de Prado, Cumuruxatiba, Corumbau e Trancoso. Para desfrutar de todas essas paisagens e não ficar literalmente de queixo caído, é preciso ter o mínimo de preparo físico para acompanhar grupos acostumados a pedalar no mínimo 30 quilômetros por dia. Tudo para que a viagem seja considerada inspiradora, e não um martírio.
Tanto esforço está longe de significar viajar sem conforto. Os roteiros fogem de destinos convencionais, onde turistas que chegam em ônibus lotados se acotovelam para fotografar cartões- postais. As viagens geralmente incluem hospedagem em hotéis cinco estrelas, refeições em restaurantes sofisticados, piqueniques em meio a paisagens bucólicas e carros de apoio para transporte de bagagens. Na Sampa Bikers, somente a travessia da Cordilheira dos Andes - roteiro de cinco dias de pedaladas - não conta com hospedagem devido às características do próprio percurso, já que a estrada é aberta só no verão. As saídas ocorrem quinzenalmente, nos meses de janeiro, fevereiro e março.

Faltam projetos para saneamento básico, diz especialista



http://invertia.terra.com.br/sustentabilidade/noticias/0,,OI5618632-EI18947,00.html

23 de fevereiro de 2012 • 08h55


Sabrina Bevilacqua

Direto de São Paulo
Para incentivar o voto consciente e ampliar a preocupação com as questões de água e esgoto, o Instituto Trata Brasil firma parceria com o Programa Cidades Sustentáveis. Segundo o presidente-executivo do Trata Brasil, Édison Carlos, as eleições municipais de 2012 são o momento mais apropriado para tentar mudar essa situação. "É a hora de a população cobrar compromissos de seus candidatos."

De acordo com o Instituto, 55,5% dos municípios brasileiros não têm saneamento básico e apenas um em cada cinco brasileiros tem acesso à água tratada. A lei brasileira responsabiliza as prefeituras pelo fornecimento de saneamento básico. Para Carlos, o problema é que lei não é respeitada. "Existe a ideia de que obra enterrada não dá voto e os governos acabam priorizando outros setores." Por isso, os avanços em saneamento são lentos. Pesquisas mostram que se o País investisse de R$ 15 bilhões a R$ 17 bilhões por ano, em 2030 todos os brasileiros teriam acesso a esgoto e água tratada. Entretanto, o investimento atual está entre R$ 7 bilhões e R$ 8 bilhões por ano. Nesse ritmo, a questão só seria resolvida em 2060.

Carlos afirma que a maior dificuldade não está na falta de recursos. A primeira fase do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) destinou cerca de R$ 40 bilhões para obras de saneamento básico e a segunda fase anunciou outros R$ 22 bilhões. Ele afirma que há falta de planejamento e projetos. Para o presidente-executivo do Trata Brasil, mesmo municípios pequenos e com poucos recursos podem ampliar investimentos no setor pedindo apoio do governo para conseguir recursos ou firmando parcerias público-privadas. "Quando o prefeito se empenha, ele consegue. Por isso a importância da participação da sociedade civil."

Programa Cidades Sustentáveis - O Programa é uma iniciativa do Instituto Ethos, Rede Nossa São Paulo e de outras entidades para inserir a sustentabilidade na agenda dos partidos políticos e, principalmente, dos candidatos às eleições municipais de 2012. O objetivo é obter o comprometimento dos candidatos a prefeito com indicadores de melhoria das condições de vida nas cidades.

O Trata Brasil vai acompanhar números do ministério da cidade e a evolução dos municípios nos seguintes indicadores: perda de água tratada, abastecimento público de água potável na área urbana, rede de esgoto, esgoto que não recebe nenhum tipo de tratamento. A partir dessa análise, o Trata Brasil vai fiscalizar e cobrar os compromissos assumidos pelos candidatos.

Bolsa divulga resultados financeiros e de sustentabilidade de 2011


http://consumidormoderno.uol.com.br/gest-o/bolsa-divulga-resultados-financeiros-e-de-sustentabilidade-de-2011



A BM&FBOVESPA divulgou na última semana o Relatório Anual de 2011, que traz informações das dimensões econômico-financeira, social e ambiental da companhia em uma única publicação.

A decisão de publicar um relatório integrado, com informações financeiras e não financeiras, baseia-se no entendimento de que as três dimensões estão interligadas e devem ser comunicadas ao mesmo tempo ao mercado, estimulando analistas e investidores a incorporarem as questões socioambientais e de governança corporativa na avaliação do preço das ações e na tomada de decisão de investimentos.

O Relatório Anual da BM&FBOVESPA segue o modelo da GRI - Global Reporting Initiative, nível C autodeclarado, padrão internacional para publicação de relatórios de sustentabilidade. O caráter inovador deste relatório integrado é a disponibilização simultânea das informações relativas à sustentabilidade, normalmente apresentadas com um intervalo de dois a três meses após a reunião com analistas e investidores para apresentação dos resultados financeiros.

Outra iniciativa da BM&FBOVESPA para estimular as empresas listadas a divulgarem suas informações não financeiras trata-se do “Relate ou Explique”. A iniciativa recomenda que, a partir de 2012, as empresas indiquem no Formulário de Referência se publicam Relatório de Sustentabilidade ou documento similar e onde está disponível. Em caso negativo, devem explicar por que não o fazem. O objetivo da Bolsa é disponibilizar ao público este banco de dados na Rio+20, a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, que ocorrerá no Rio de Janeiro, em julho.

O Relatório Anual 2011 completo da BM&FBOVESPA está disponível no site da Bolsa.


* Com informações do CicloVivo

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