sábado, 7 de abril de 2012

Brasil tem pelo menos 250 novas espécies ameaçadas de extinção


06/04/2012 - 09h26

CLAUDIO ANGELO
DE BRASÍLIA

http://www1.folha.uol.com.br/ambiente/1072491-brasil-tem-pelo-menos-250-novas-especies-ameacadas-de-extincao.shtml


O Brasil ganhou pelo menos 250 novas espécies ameaçadas na última década. Os dados, ainda preliminares, são da lista da fauna em risco que o ICMBio (Instituto Chico Mendes) prepara para o fim de 2014.
A nova lista é a primeira avaliação global do estado de saúde dos animais brasileiros em uma década.
A anterior, publicada em 2004 pelo Ibama, indicava que 627 das cerca de 1.300 espécies avaliadas de anfíbios, répteis, peixes, aves, mamíferos e invertebrados estava sob algum grau de ameaça.
O status de ameaça de extinção é dado segundo categorias definidas pela IUCN (União Internacional para a Conservação da Natureza).
São elas "vulnerável", "em perigo", "criticamente em perigo", "extinto na natureza" e "extinta", de acordo com diversas medições do tamanho das populações e do grau de fragmentação dos habitats.
Editoria de arte/Folhapress
FAUNA EM PERIGO O que muda na próxima lista de espécies ameaçadas do Brasil
FAUNA EM PERIGO O que muda na próxima lista de espécies ameaçadas do Brasil
MUDANÇA
Uma instrução normativa publicada na última segunda-feira (3/4) no "Diário Oficial da União" determina uma mudança de estratégia na elaboração da próxima lista: a anterior, elaborada pela Fundação Biodiversitas para o Ibama, olhava apenas as chamadas espécies-candidatas, ou seja, as espécies de um mesmo gênero ou família com problemas em potencial.
"As listas eram encomendas à Biodiversitas com um prazo de desenvolvimento previamente estabelecido e nunca superior a 12-24 meses e com orçamento limitado", diz Gláucia Drummond, superintendente da fundação. "Nessas condições, não era possível avaliar todas as espécies de um dado grupo."
"Isso era tendencioso, porque a gente já sabe que vai ter vulnerabilidade", disse à Folha Ugo Vercillo, coordenador de Espécies Ameaçadas do Instituto Chico Mendes.
SALTO
A nova avaliação levará em conta todas as espécies de um determinado grupo, independentemente de suspeitas sobre seu grau de ameaça.
Isso fará com que o número de espécies avaliadas salte de 1.300 para 10 mil. Até agora só se avaliou 28% desse total. Daí a queda aparente na proporção de ameaçadas (de 50% para 15%).
Vercillo diz, porém, que o número real de animais em perigo aumenta a cada ano.
"O país não para de crescer, as áreas nativas continuam sendo alteradas", afirma.
Um caso que o ICMBio considera preocupante é o dos tubarões. Das 169 espécies brasileiras, duas são consideradas "regionalmente extintas" e 60 estão sob ameaça.
Outro motivo de preocupação é o impacto do aumento da construção de hidrelétricas sobre os peixes.
"Existe [hoje] uma tendência ao aumento de espécies em perigo, tanto para peixes continentais quanto para marinhos", diz Vercillo.
Por outro lado, há também espécies saindo de risco devido a programas de conservação. Até agora, segundo o coordenador do ICMBio, três que estavam ameaçadas em 2003 já deixaram a categoria.
Outras tiveram seu grau de ameaça reduzido, como a arara-azul-de-lear, caso citado por Drummond.
Segundo a bióloga, esforços de conservação no norte da Bahia, habitat da ave, aumentaram o número de indivíduos na natureza. "É provável que sua categoria seja reavaliada, passando de 'criticamente em perigo' para 'em perigo'", diz Drummond. Um alívio. Saiba mais em www.icmbio.gov.br(www.icmbio.gov.br)

França contém vazamento de água radioativa em central nuclear


06/04/2012 - 07h28


DA FRANCE PRESSE, EM PARIS


Um vazamento de água radioativa registrado em um circuito de resfriamento da central nuclear de Penly, na região oeste da França, foi contido na madrugada desta sexta-feira, anunciou a empresa EDF, que descartou qualquer impacto negativo para o meio ambiente.
De acordo com a empresa, o retorno à normalidade no circuito de resfriamento permitiu suspender o plano de mobilização dos funcionários.
A Electricité de France (EDF) havia anunciado o vazamento na quinta-feira. De acordo com a empresa, a água radioativa foi "recolhida em depósitos previstos para tal efeito, sem nenhuma consequência para o meio ambiente".
O incidente aconteceu depois de dois princípios de incêndio no edifício do reator, controlados no início da tarde de quinta-feira pelos bombeiros, depois da ativação do alarme que provocou a paralisação automática de um dos reatores.

Eficiência energética – Conceitos e definições – MME


http://www.nanotechdobrasil.com.br/eficiencia-energetica-conceitos-e-definicoes-mme/

O termo “eficiência” descreve, segundo Hordeski (2005), a capacidade de equipamentos que operam em ciclos ou processos produzirem os resultados esperados. Em uma visão física, o conceito de “eficiência” estaria limitado aos processos em que há conversão de energia e em que as formas inicial e final são visíveis ou perceptíveis – energia cinética, potencial, elétrica.
O conceito apresentado pela International Energy Agency (IEA, 2007) – de que eficiência energética é a obtenção de serviços energéticos, como produção, transporte e calor, por unidade de energia utilizada, como gás natural, carvão ou eletricidade – é análogo ao apresentado por Raskin et al. (2002), que utiliza o termo “atividade” para relacionar o uso de energia, ou melhor, a necessidade de sua redução.
Aqui, será adotado uma definição geral que resume esses conceitos: eficiência energética é a relação entre e a quantidade de energia final utilizada e de um bem produzido ou
serviço realizado.
Dentro dessa conceituação, eficiência está associada à quantidade efetiva de energia
utilizada e não à quantidade mínima teoricamente necessária para realizar um serviço,
conceito que se aproximaria do potencial de eficiência. Além disso, observe-se que o conceito adotado é aplicável tanto à manufatura, em que há um bem físico cujo conteúdo energético pode ser delimitado, quanto para serviços, em que o conteúdo energético não é por vezes tão claramente definido, embora neste caso seja mais pertinente considerar a energia requerida para prestação do serviço.
A despeito do questionamento sobre sua conveniência ou atualização, serão utilizadas neste trabalho expressões como “energia conservada” ou “conservação de energia” como sinônimos de consumo evitado ou reduzido. Embora não se trate aqui da conservação de energia (no sentido físico da expressão), mas sim a redução efetiva do consumo, tendo em vista sua larga aplicação na literatura expressões como “conservação de energia” e “energia conservada” serão utilizadas para indicar o processo (conservação) ou resultados de redução no consumo final de energia.
Patterson (1996) destaca o entendimento de “eficiência energética” como um processo
associado a um menor uso de energia por cada unidade de produção. Assim, mais relevante é a apuração de indicadores que expressem a variação na eficiência energética. Esses indicadores são em geral agrupados em quatro categorias principais, a saber:

  • Termodinâmicos: baseados inteiramente na ciência da termodinâmica, indicam a relação entre o processo real e o ideal quanto à necessidade de uso de energia;
  •   Físicos-termodinâmicos: consideram a quantidade de energia requerida em unidades termodinâmicas, mas as saídas (produtos) são expressas em unidades físicas;
  •   Econômicos-termodinâmicos: têm como referência a energia requerida em unidadestermodinâmicas, mas os produtos são expressos em unidades econômicas (valores monetários);
  •   Econômicos: tanto a energia requerida como os produtos são expressos em grandezas econômicas.
Ao longo deste trabalho, a eficiência energética estará referida tanto a indicadores
específicos de consumo de energia por produto (termodinâmicos), quanto ao processo de
redução deste consumo para uma mesma quantidade de produto (físico-termodinâmicos).
Adicionalmente, a eficiência energética será expressa com utilização de indicadores sócio-
econômicos, como o consumo por residência ou habitante.
Os valores de eficiência energética no horizonte decenal (2010-2019) aqui apresentados
indicam a diferença entre a projeção do consumo final de energia2
, que incorpora esses ganhos de eficiência, e a projeção desse consumo na hipótese de serem os padrões tecnológicos e de uso da energia observados para o ano base. Esta é uma premissa relevante para a correta compreensão e contextualização dos resultados aqui apresentados e significam que:

  •   A quantificação apresentada considera um mesmo volume de saídas – produção física de bens industriais, prestação de serviços e conforto – sendo variável apenas a quantidade de energia necessária à sua produção ou realização;
  • Não são consideradas mudanças de hábitos ou regime de operação de equipamentos, mas apenas ganhos associados ao consumo específico de cada equipamento ou processo avaliado.
Indicadores de eficiência energética 
Seguindo-se a estruturação proposta por Patterson (1996), os critérios possíveis para
expressão da eficiência energética se associam aos setores ou atividades econômicas. Para
Schipper et al. (2001), indicadores energéticos descrevem as relações entre o uso de energia
e atividade econômica de forma desagregada, representando medições do consumo de energia e permitindo identificar os fatores que o afetam. Tolmasquim et al.(1998) destacam,
ainda, que os indicadores globais prestam-se a avaliar a eficiência energética de um país
como um todo, possibilitando a comparação com outros países e o acompanhamento da
evolução da eficiência ao longo do tempo.
Uma extensa lista de indicadores é apresentada em IAEA (2005), dentre os quais foram
selecionados como mais relevantes os apresentados na Tabela 2.
Conceitos e definições - Eficiência Energética
A terminologia utilizada neste trabalho para os indicadores globais que se aplicam na análise
das projeções de demanda realizadas no âmbito do planejamento da expansão da oferta de
energia no Brasil é, em geral:
Conceitos e definições - Eficiência Energética

NOTA TÉCNICA DEA 14/10
Avaliação da
Eficiência energética
na indústria e nas residências
no horizonte decenal (2010-2019)