segunda-feira, 6 de maio de 2013

Risco tóxico e dano ambiental podem parar descontaminação de Deodoro


Risco tóxico e dano ambiental podem parar descontaminação de Deodoro
http://esporte.surgiu.com.br/noticia/83638/risco-toxico-e-dano-ambiental-podem-parar-descontaminacao-de-deodoro.html
MP exige cumprimento de liminar que impede intervenção antes de estudo de impacto ambiental e denuncia corte de árvores sem autorização por exército
Foto: ReproduçãoFonte: globoesportePostador: Victor Hugo
Postada em: 03/05/2013 ás 15:56:54
O projeto de construção de um autódromo em Deodoro, para substituir o circuito de Jacarepaguá, demolido no início do ano, parece cada vez mais difícil de sair do papel. O Ministério Público do Estádio do Rio de Janeiro, através do Gaema (Grupo de Atuação Especializada em Meio Ambiente) recorreu à justiça para que o Exército interrompa o processo de descontaminação do terreno localizado na Zona Oeste. Desde o início deste ano, o Comando Militar do Leste tem realizado varreduras e destruição de artefatos militares no local.

O MP exige o cumprimento de uma liminar que impede qualquer intervenção na área antes da apresentação do estudo de impacto ambiental e da expedição de uma licença de instalação que observe todos os requisitos legais. Segundo o documento, ao ser questionado sobre as intervenções, o Exército argumentou que foram realizadas apenas pequenas intervenções de limpeza de vegetação rasteira para utilização de detectores de metais. Além de garantir que não houve exposição excessiva do solo e retirada de árvores. No entanto, em vistoria realizada em abril, o Gaema constatou que durante o processo de descontaminação, espécies vegetais foram extraídas sem autorização ambiental.

- O Grupo de Apoio Técnico (...)  verificou que ao menos em alguns trechos, as intervenções não se coadunam com uma ação de mera limpeza , especialmente por se  atingir, além da vegetação sub-arbustiva e rasteira do extrato inferior da floresta (sub-bosque), espécies de maior porte. Além disso, essa supressão  para a qual o Exército reconhece não ter autorização ambiental- vem sendo executada sem o devido planejamento ou acompanhamento pelos órgãos de proteção ao meio ambiente – explica o documento.

Risco tóxico e possibilidade de ameça a espécie em extinção

O Gaema também alertou para o risco de contaminação do solo e lençol freático da área pelos explosivos.

- Resíduos de explosivos são um problema para o meio ambiente por serem persistentes e tóxicos, mesmo a baixas concentrações. No caso de destruição parcial dos explosivos ou até mesmo vazamentos, a área poderá apresentar contaminação por compostos orgânicos
como nitroaromáticos e nitraminas. No caso de explosivos não detonados, a contaminação também poderá ocorrer devido à degradação dos materiais metálicos das munições. As medidas para afastar esses riscos ao meio ambiente e à saúde dos militares que lá ainda permanecem (..) seguramente passam pela realização de avaliações e relatórios ambientais prévios à qualquer intervenção na área – diz o documento.

Além disso, o relatório aponta a presença de um ecossistema brejoso em uma parte onde, segundo o atual projeto, seria construído parte da pista. Segundo o documento, neste local há a possibilidade da presença da espécie de peixes Rivulidade, ameaçada de extinção.

A área de mais de 2 milhões de metros quadrados foi usada durante mais de seis décadas pelo exército para treinamento militar e como depósito de munição. O terreno pertencia ao Comando Militar do Leste e foi cedido pelo Ministério da Defesa ao Ministério do Esporte para a construção da nova pista. A área é classificada por militares como zona vermelha, de risco máximo de explosão.

A presença de material explosivo no local foi denunciada pelo jornal "O Globo" em agosto de 2012, pouco depois de um militar da Escola de Sargentos de Logística morrer e outros dez ficarem feridos em uma explosão ao acenderem uma fogueira em um acampamento na região. Os explosivos estariam espalhados no terreno depois que 13 paióis explodiram e provocaram um grande incêndio em 1958. O procedimento de descontaminação começou no início do ano. Nesta quarta-feira, uma reportagem especial da rádio CBN expôs que mais de 1800 artefatos já foram retirados do terreno, dentre eles: minas terrestres, petardos, detonadores com carga e granadas e capazes de lançar estilhaços a um quilômetro de distância.

Segundo a matéria, há a possibilidade da existência de artefatos enterrados fora do alcance dos detectores usados pelas equipes de contaminação, que rastreariam objetos a no máximo 30 cm de profundidade. A Associação Nacional dos Reservistas estima que seriam necessários 18 anos para a varredura total do terreno e especialistas desaconselham qualquer tipo de construção.

Autódromo devia estar pronto antes de demolição de pista de Jacarepaguá

A construção de um novo circuito na cidade é um compromisso da União e da Prefeitura do Rio de Janeiro com a CBA e o Comitê Olímpico Internacional, em razão da demolição do Autódromo de Jacarepaguá para dar lugar ao Parque Olímpico para os Jogos de 2016. A pista antiga sediou dez GPs de Fórmula 1 e recebeu outras grandes categorias do esporte a motor como MotoGP e Indy, além dos principais campeonatos nacionais, como a Stock Car.

O acordo inicial previa que o circuito de Jacarepaguá, que foi cedido pela Prefeitura do Rio à União, só seria desativado quando um novo autódromo, no bairro de Deodoro, fosse entregue. Mas, em razão de diversos impasses, a antiga pista já foi totalmente demolida e as obras no novo local sequer foram iniciadas.

Em novembro de 2012, um segundo acordo foi delineado. O terreno em Deodoro foi doado pelas Forças Armadas ao Ministério do Esporte, e o Comando Militar ficou com a responsabilidade de descontaminar o local. De acordo com o compromisso atual, o circuito de Jacarepaguá só seria desativado quando a nova pista começasse a ser construída. Porém, o autódromo antigo já foi totalmente demolido e as obras no novo local seguem na estaca zero.

De acordo com o compromisso atual, a União financiará a construção do novo autódromo. As obras serão de responsabilidade do Governo do Estado e a administração do local ficará por conta do município do Rio de Janeiro. Após a série de atrasos, a licitação para a construção do novo autódromo está prevista para o início do segundo semestre, e as obras, para o fim do ano ou começo de 2014. A previsão é que o local possa receber algumas competições ainda em 2014, mas que fique completamente pronto apenas no início de 2015. Enquanto o estado não possui uma pista, a Federação de Automobilismo do Rio de Janeiro transferiu as competições para o Megaspace, em Minas Gerais, na cidade de Santa Luzia, a 500 km da capital fluminense.

Carro do Google coleta quase 1GB de dados por segundo - até mesmo bitucas de cigarro são coletadas pelos dispositivos.


Carro do Google coleta quase 1GB de dados por segundo

Por , INFO Online

• Sexta-feira, 03 de maio de 2013 - 16h04


http://info.abril.com.br/noticias/bitnocarro/carro-do-google-coleta-quase-1gb-de-dados-por-segundo-03052013-37.shl
Divulgação
São Paulo - O carro autônomo do Google absorve uma quantidade impressionante de informações sobre seu entorno enquanto dirige, chegando a quase 1GB de dados capturados por segundo. 
Números revelados por Bill Gross, CEO e fundador da incubadora Idealab, apontam que o veículo coleta cerca de 750MB de dados a cada segundo. O executivo obteve uma imagem (veja abaixo) que mostra também o que o carro do Google "vê" quando está em ação. 
Segundo o executivo, os sensores presentes no carro capturam todos as informações que “veem” enquanto o veículo se move - até mesmo bitucas de cigarro são coletadas pelos dispositivos. 
“Se o carro observa uma bituca de cigarro, ele identifica que uma pessoa pode estar próxima dos carros. Se captura uma bolinha rolando, percebe que uma criançapode estar no perímetro da rua. Fiquei completamente espantado em ver o quão impressionante é esta conquista”, disse Gross em seublog
Em agosto de 2012, o Google afirmou que seu carro autônomo completou mais de 300 mil milhas em testes sem que houvesse registro de acidentes. No entanto, a tecnologia sem motorista ainda tem um longo caminho a percorrer antes de ser integrada às ruas. 
“Para oferecer a melhor experiência possível, ainda precisaremos dominar o controle em estradas cobertas de neve, interpretar os sinais temporários de construções e outras situações complicadas encontradas pelos motoristas reais”, afirmou o Google
google-car
Imagem mostra o que o carro do Google "vê" enquanto realiza uma curva para a esquerda. (Foto: Reprodução/Bill Gross)